TESTE DE PATOGENICIDADE EM ISOLADOS ORIUNDOS DE PIATAIA (HYLOCEREUS SP.) NO CEARÁ

Resumo

A caracterização dos agentes etiológicos causadores de doenças em pitaia (Hylocereus sp.) nas diferentes regiões do Brasil ainda é bastante incipiente, de modo que se faz necessário identificar e caracterizar estes agentes de forma a viabilizar estratégias de controle que possam minimizar as perdas decorrentes da infecção causada por eles. Em face da escassez de relatos da ocorrência de fungos fitopatogênicos na cultura da pitaia, este trabalho se faz importante tendo em vista a crescente produção de pitaia no estado do Ceará. O presente trabalho teve como objetivo caracterizar agentes etiológicos de origem fúngica em pitaia no estado do Ceará. Partes de plantas apresentando sintomas de doenças foram coletadas em área experimental no município de Fortaleza-CE sendo levadas ao Laboratório de Micologia da UFC e devidamente realizado protocolo para obtenção de isolados fúngicos. Nos isolamentos indiretos foram obtidos três isolados de fungos dos gêneros Aureobasidium (1), Colletotrichum (2). Os isolados foram inoculados em cladódios com ferimentos feitos com furador de rolha para comprovar a sua patogenicidade por meio dos postulados de Koch. E posteriormente realizada a caracterização morfológica dos isolados, avaliando-se a coloração das colônias e crescimento do micélio. As análises estatísticas foram realizadas com o auxílio do software SISVAR v5.6. O teste de comparação de médias utilizado foi o teste Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade. Foi possível constatar variação de crescimento micelial, coloração das colônias e tamanho e formato dos conídios (esporos). A patogenicidade foi confirmada para os três isolados, sendo Colletotrichum sp. (UFCM-0685) o isolado que apresentou maior virulência.