USOS DIDÁTICOS DA NARRATIVA AUDIOVISUAL: UMA ANÁLISE DO USO DO CINEMA DE FICÇÃO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO

Autores

  • Adriana Isabel Rodrigues Marcos
  • Edvar Ferreira Basílio
  • Luis Tavora Furtado Ribeiro

Resumo

A realidade e a ficção, a narração literária e cinematográfica, a imagem didática, a história e o romance e, em geral, a experiência real da imagem em movimento são base para estimular uma visão didática, educacional e crítica da sétima arte e a aprendizagem da linguagem. O gênero ficção caracteriza-se por introduzir o espectador em um universo imaginário e estabelece uma relação muito particular entre o autor, seu texto, o realizador cinematográfico e o espectador. Sendo assim, temos dois elementos de comunicação importantes para discutirmos em sala de aula: a narração e o espaço-tempo cinematográfico. A partir de fragmentos de filmes ou películas de ficção, analisamos esses elementos como fundamentais na construção da oralidade da criança: argumentação nas suas comunicações orais, considerando variações linguísticas; interações e questionamentos; relatos de fala. Buscamos também discutir como essa leitura visual relaciona-se com a organização de ideias para a apropriação do sistema de escrita e ortografia. A análise também se baseia na busca da verossimilhança com o real. Por essa abordagem narrativa, os alunos podem identificar fenômenos culturais existentes em sua comunidade e podem discorrer sobre o comportamento associado às relações humanas, usos e costumes, enfatizando que qualquer um dos comportamentos que eles descrevem é um fenômeno cultural e uma narrativa sobre a vida, com ordenação causal ou temporal de eventos ou ações significativas que ocorrem a diversos tipos de personagens ou coisas. Entender a estrutura da narrativa ficcional nos dá ferramentas para fazer uma análise efetiva do cinema de ficção e nesse sentido nos referimos a teóricos como Seymour Chapman que define a forma da narrativa cinematográfica do ponto de vista do estruturalismo:história e discurso. Como fundamentação teórica no campo da Educação e Semiótica, citamos pressupostos de Dewey, Santaella, Dondis e Barthes para analisarmos o tangenciamento da palavra como linguagem latente.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação