VISITANTES FLORAIS EM UMA ESPÉCIE DE STACHYTARPHETA VAHL DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO
Resumo
No Brasil, o gênero Stachytarpheta Vahl (Verbenaceae) possui espécies que vão desde forma herbácea até arbustiva, com densas inflorescências e flores pequenas que variam entre vermelha, azul, malva, branca ou preta. O gênero tem como característica flores tubulares com grande quantidade de néctar, atraindo principalmente visitantes néctatívoros com aparelho bucal de estrutura longa e fina. O principal objetivo deste trabalho foi identificar os principais grupos de visitantes florais em uma espécie do gênero Stachytarpheta presente no Campus do Pici – Universidade Federal do Ceará. Para isso, amostramos 10 indivíduos de uma espécie subarbustiva do gênero Stachytarpheta presente no Campus. Os indivíduos foram previamente marcados e identificados, sendo feitas contagem do número de flores presentes em cada indivíduo duas vezes por dia: no início da observação durante o turno da manhã (6:00 h) e ao final das observações (18:00 h). Foram feitas observações de todos os indivíduos durante três dias no turno da manhã (06:00-09:00h) e da tarde (14:00-18:00h), totalizando 21h de observação. Os visitantes foram divididos em seus grupos taxonômicos e seu comportamento durante a visita, classificado em dois grupos: pilhadores e polinizadores. Vimos que Stachytarpheta sp. apresentou antese durante todo o período de observação, com maior volume de flores durante o período diurno (41,9 flores/ind/dia) em comparação ao período vespertino (2,3 flores/ind/dia). Foram registradas visitas de apenas duas espécies diferentes de borboletas (Lepidoptera), durante o período matutino, não sendo observadas visitas durante o período vespertino. Lepidópteros visitaram as flores pousando nelas e inserindo a probóscide no interior da corola. Não foram observadas visitas de abelhas e vespas, considerados ladrões de néctar para o gênero. A partir desses dados, concluímos que os lepidópteros foram os principais visitantes dessa espécie, sendo também considerados seus polinizadores efetivos.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XII Encontro de Pesquisa e Pós-Graduação
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