A ALEATORIZAÇÃO COMO FERRAMENTA DE COMBATE A POBREZA NOS MODELOS DE POLÍTICA PÚBLICA DO BRASIL

Autores

  • Pedro Reis Lima
  • Paulo de Melo Jorge Neto

Resumo

O Núcleo de Psicologia da Pobreza, financiado pela Pró-Reitoria de Extensão, busca desenvolver o conhecimento acerca do comportamento dos agentes mais pobres do sistema econômico e promover a discussão do estudo da pobreza no PROSPECTO, grupo de estudos e pesquisas em economia comportamental. Assim, o presente trabalho tem como objetivo promover a utilização de modelos de aleatorização como ferramenta de combate à pobreza no Brasil. A metodologia utilizada é de revisão da literatura nacional de avaliações de políticas públicas referentes a combate à pobreza. A aleatorização é uma ferramenta que garante maior representatividade estatística e, por esse motivo, buscou-se analisar onde a técnica já é promovida no Brasil e onde poderia ser implementado com sucesso. Assim, buscando pesar os diversos tipos de seleção e distribuição estatística utilizados na promoção e avaliação de políticas, o Núcleo de Psicologia da Pobreza catalogou diversos artigos nacionais. As conclusões iniciais do trabalho são de que há políticas, como auxílio financeiro no PROUNI avaliado por Becker e Mendonça (2019), que já utilizaram a técnica para comprovar e entender o seu impacto, mas, também, vê-se janelas de oportunidade para introduzir a aleatorização em outras que não fazem uso. As políticas que designam participação aleatoriamente apresentam uma capacidade maior de serem generalizadas para possibilitar aumento de programas, além de conseguirem evitar vieses de seleção que acarretam um caráter discriminatório que foge do controle do cientista. Assim, percebe-se que, ao estudar a utilização de mais modelos estatisticamente representativos de avaliação, é possível tornar os métodos de seleção de participantes mais justos, ao excluir o viés de seleção, e a mensuração de impactos das políticas mais precisa.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Extensão