A COMUNICAÇÃO NÃO-VIOLENTA COMO MEIO DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL DE JOVENS EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE.

Resumo

É sabido que a adolescência é uma fase repleta de modificações, descobrimentos, além de ser um período em que hábitos e comportamentos são formados. Também não é novidade que o meio em que os jovens vivem influencia diretamente sua forma de agir, pensar e até mesmo falar. Logo, crianças e adolescentes que se encontram em situação de vulnerabilidade social tendem a demonstrar um comportamento e uma comunicação mais agressivos, como forma de reação à realidade hostil, buscando expressar seus desejos e vontades; além de estarem reproduzindo aquilo que vivenciam em suas comunidades e meios familiares. Sabendo disso, o NudiJus (Núcleo de Estudos Aplicados Direitos, Infância e Justiça), por meio do Grupo de Estudos de Vulnerabilidades, resolveu falar com os jovens da Frente de Assistência à Criança Carente (FACC) sobre a Comunicação Não-Violenta (CNV). O objetivo deste trabalho, então, é trazer uma breve explanação sobre o que é a CNV – que se trata de uma série de técnicas e habilidades de linguagem e comunicação baseada na empatia, ou seja, saber ouvir o outro de forma respeitosa, buscando entender seu ponto de vista – e demonstrar seu papel transformador na vida de jovens em situação de vulnerabilidade. A metodologia utilizada foi o estudo teórico, principalmente do livro “Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais”, de Marshall B. Rosenberg - criador da CNV – aliado à análise da oficina realizada na FACC. Por se tratar de uma técnica que é desenvolvida aos poucos, não é possível traçar resultados absolutos em apenas uma visita, porém percebemos uma excelente aceitação e aplicação prática – por meio de uma encenação teatral – dos jovens presentes, o que plantou em mim e nos demais integrantes do projeto uma esperança no real potencial de resolução pacífica de conflitos que a CNV proporciona, podendo levar a uma transformação na vida daqueles adolescentes.