A EXPERIÊNCIA DISCENTE EM UM PROGRAMA DE ADAPTAÇÃO AO APARELHO DE PRESSÃO POSITIVA CONTÍNUA EM VIAS AÉREAS (CPAP) EM PACIENTES COM APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO

Autores

  • Beatriz Carneiro da Mota
  • João Paulo da Silva Bezerra
  • Camila Ferreira Leite

Resumo

Introdução: A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é um distúrbio caracterizado por obstrução parcial ou total das vias aéreas durante o sono. O tratamento padrão-ouro envolve o uso de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP). Objetivo: Relatar a experiência discente em um programa de adaptação ao CPAP. Metodologia: Relato de experiência a partir da vivência no Ambulatório do Sono do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) entre os meses de setembro e dezembro de 2019. Resultados: Inicialmente o paciente é admitido no ambulatório do Sono por meio do encaminhamento médico, após diagnóstico de AOS por polissonografia. No primeiro atendimento, é realizada avaliação fisioterapêutica e são repassadas orientações sobre a doença e sobre o tratamento com o CPAP, com instruções quanto a necessidade da regularidade do uso do CPAP, bem como acerca da higienização e manuseio do mesmo. O protocolo de adaptação é iniciado no modo automático objetivando a titulação da pressão terapêutica, sendo que o equipamento fornecerá um valor pressórico de acordo com a impedância da via aérea do paciente durante o sono. Os retornos são quinzenais e o paciente é considerado adaptado quando utilizar o equipamento por no mínimo 4 horas por noite. Após adaptação, o acompanhamento é feito com 1, 3, 6 e 12 meses. Nesse período, o paciente pode expor suas dúvidas e queixas em relação ao equipamento. O objetivo final é adesão do paciente de forma contínua. Como dificuldades presenciadas nos atendimentos, cita-se os desafios de oferecer informações acerca do uso do CPAP a indivíduos com baixo nível cognitivo, dado o perfil cultural e socioeconômico da população atendida. Conclusão: O acompanhamento dos atendimentos no ambulatório aproximou o discente da realidade profissional nesta área recente da fisioterapia e possibilitou o contato direto do graduando com o indivíduo com AOS ampliando o conhecimento até então apresentado apenas de forma teórica em sua formação acadêmica.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Extensão