AL NAKBA: O HISTÓRICO E PERMANENTE ESTADO DE EXCEÇÃO NA PALESTINA
Resumo
Ao contrário do que se possa depreender do senso comum, ao tomar nota sobre a história do Oriente Médio, sabe-se que a raiz do conflito árabe-israelense na região, não nasce da criação do Estado de Israel, pois, este seria, apenas, mais um passo empreendido na demarcação de riquezas no Oriente Próximo, que data desde o findar da I Guerra Mundial e da ruína do Império Otomano. O conflito, no entanto, se potencializa no momento de partilha entre a Grã-Bretanha e a França, com base no Acordo Sykes-Picotdos, dos territórios que hoje compreendem a Palestina, Jordânia, Líbano e Síria. Al Nakba, “A Tragédia” em português, se refere, portanto, ao êxodo que se inicia nesse período e se institucionaliza na figura de um Estado já intencionado antes mesmo do final da I Guerra Mundial na Declaração de Balfour, que refletiu a mitigação da autonomia, da legitimação e da autodeterminação dos povos árabes, na tentativa de um regime escusar um Estado de Exceção como forma de repressão das populações árabes na Palestina. Na atualidade, o Estado de Exceção que Israel empreende se expressa, explicitamente, por meio de uma série de leis israelenses sobre a propriedade da terra, aprovadas desde o primeiro governo israelense, impedindo, por exemplo, que os árabes palestinos retornem aos seus lares ou façam valer seus direitos de propriedade. Além da política de assentamentos, que, veladamente, visa turbar a presença Árabe na região palestina. Neste sentido, o presente trabalho faz um estudo do êxodo palestino, que marca o início do problema dos refugiados palestinos, um dos principais elementos do conflito árabe-israelense, em reflexão ao conceito de Estado de Exceção.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXVIII Encontro de Extensão
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