ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR NA PRIMEIRA INFÂNCIA EM COMUNIDADE VULNERÁVEL: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Resumo

Introdução: A inserção de alimentos na dieta da criança após os seis meses de idade, conforme orientações do Ministério da Saúde, deve complementar as numerosas qualidades e funções do leite materno, mantido preferencialmente até os dois anos de vida ou mais. O início precoce dessa complementação aumenta a morbimortalidade infantil como consequência de uma menor ingestão dos fatores de proteção existentes no leite materno. Por conseguinte, acompanhar longitudinalmente as crianças por meio da puericultura, além de desenvolver competências essenciais ao universitário da área da saúde, contribui para a redução dos fatores de risco relacionados à alimentação infantil. Objetivo: Relatar experiências de puericultura, desenvolvidas por projeto de extensão, com recorte na alimentação complementar. Metodologia: Relato de experiência acerca de visitas domiciliares de puericultura realizadas com crianças de 0 a 18 meses, do bairro Serrinha, na periferia da cidade de Fortaleza-CE, executadas por integrantes do Projeto Serrinha de Acompanhamento Familiar (PROSAF), projeto de extensão da Universidade Federal do Ceará. Nas ocasiões, foi utilizada a Ficha de Acompanhamento de Puericultura do PROSAF. Resultados: As conjunturas familiares, em relação à alimentação, foram diversificadas, variando desde alimentações ideais, segundo propostas do Ministério da Saúde, a alimentações que oferecem fator de risco para o desenvolvimento das crianças, com a introdução de outros alimentos antes dos 6 meses e aleitamento misto. Conclusão: As experiências estimularam os estudantes a aplicarem conhecimentos da grade curricular e de capacitações do PROSAF, aperfeiçoando competências de comunicação, de adequação terapêutica e de trabalho em equipe multiprofissional, de forma a orientar as famílias para uma alimentação complementar adequada, construindo vínculos que permitem o acompanhamento longitudinal dos cenários envolvidos.