ANÁLISE DA QUALIDADE VIDA DE PACIENTES SUBMETIDOS AO PROGRAMA DE REABILITAÇÃO CARDÍACA FASE 2 NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA

Autores

  • Zeca Juliano de Araujo Bezerra
  • Amanda Souza Araújo
  • Débora da Nóbrega Barroso
  • Wesley de Souza Cavalcante
  • Juliana Freire Chagas Vinhote

Resumo

Introdução: A Reabilitação Cardíaca (RC) consiste em um somatório de atividades que têm por finalidade a melhora física e social de indivíduos portadores de cardiopatia, dando-lhes suporte necessário para exercer suas atividades de vida diária. Desse modo, a RC parece ser uma alternativa para intervir na Qualidade de Vida (QV) de indivíduos após procedimentos cirúrgicos cardíacos, tais como a Revascularização do Miocárdio (RM) e a Troca Valvar (TV). Objetivo: analisar a qualidade de vida de pacientes submetidos a um programa de reabilitação cardíaca (fase 2) que passaram por cirurgia cardíaca. Métodos: Trata-se de um estudo longitudinal, retrospectivo e quantitativa. A amostra foi composta pelos prontuários de 25 pacientes submetidos a RM ou TV, atendidos por 12 semanas, no serviço de RC do Hospital Universitário Walter Cantídio, entre 2016-2019, sendo excluídos prontuários incompletos. Foi utilizado o SPSS 20.0 para análise descritiva dos dados demográficos e clínicos e expressos em média e desvio padrão, para análise comparativa do efeito da RC nos domínios dos questionários SF-36, foi realizado o teste t de Student, considerado valores significantes com p<0,05. Resultados: A amostra foi composta por 25 pacientes, onde 76,9% do sexo masculino, tendo média de idade de 62,0±8,4 anos, tendo 73% realizado a RM. Com relação aos achados para análise comparativa de antes e depois da RC, a média de pontos dos resultados foram 57,0±21,0 para 73,0±21,0(p=0,011) na Capacidade Funcional, 19,0±31,0 para 48,0±38,0(p=0,004) na Limitações Físicas, 68,0±25,0 para 78,0±21,0(p=0,06) na Dor, 68,0±27,0 para 82,0±19,0(p=0,011) nos Aspectos Sociais, 74,0±21,0 para 82,0±18,0(p=0,47) no Estado de Saúde Mental, 46,0±44,0 para 66,0±38,0(p=0,02) nas Limitações Emocionais, 65,0±25,0 para 77,0±15,0(p=0,025) na Vitalidade e 76±18 para 80±19 (p=0,23) no Estado Geral de Saúde. Conclusão: A RC demonstrou ser eficaz na melhora da QV em maior parte dos domínios do SF36 em pacientes pós RM ou TV.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Extensão