ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DE TARTARUGAS MARINHAS NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA-CE: DADOS PRELIMINARES DO SUCESSO DE ECLOSÃO DOS NINHOS DA TEMPORADA 2017-2018

Autores

  • Helio Marques Teixeira Moreira
  • Rufino Rcx
  • Feitosa Ms
  • Menêzes Ibhm P
  • Feitosa Cv
  • Caroline Vieira Feitosa

Resumo

Das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, apenas a tartaruga de pente (Eretmochelys imbricata), criticamente ameaçada de extinção segundo a IUCN, desova nas praias de Fortaleza. O êxito da eclosão e a mortalidade embrionária dependem de fatores abióticos, como temperatura, umidade, e níveis de gases respiratórios, e alguns fatores bióticos, como a presença de microorganismos (fungos e bactérias) e predação. O processo de incubação requer alguns meses, período no qual o embrião se desenvolve, dando origem a um organismo completo. A praia funciona como incubadora para os ovos de tartarugas marinhas, produzindo um espaço climático apropriado para o desenvolvimento. O trabalho teve como objetivo realizar monitoramentos dos ninhos encontrados na orla de Fortaleza, avaliando a quantidade de ovos embrionados e não embrionados. Por meio de monitoramentos na Praia da Sabiaguaba, na cidade de Fortaleza-CE, os ninhos foram georreferenciados e acompanhados semanalmente, a fim de identificar possíveis perturbações. Os ninhos foram abertos após 10 dias da eclosão, evitando interferências nos filhotes retardatários. Os ovos não eclodidos foram analisados em laboratório, onde foi feita a abertura dos mesmos para identificar o estágio embrionário. Aqueles em que foi observado pelo menos sinal de sangue foram classificados como embrionados e os que só apresentavam vitelo foram classificados como não embrionados. As eclosões e não eclosões foram contabilizadas, juntamente com o tempo de incubação. Foram analisados sete ninhos da temporada 2017-2018 com 59,8% embrionados e 40,2% não embrionados dentre 204 ovos. Foi identificado também o número de ovos eclodidos (E) que foi de 666 dentre os ninhos analisados e não eclodidos (NE) que foi de 204. Estudos futuros serão realizados para identificar as possíveis causas da interrupção do desenvolvimento de embriões de tartarugas marinhas, tais como os fatores abióticos que influenciam no período de incubação.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Extensão