ASPECTOS MORFOFUNCIONAIS DO 13° PAR DE NERVOS CRANIANOS

Autores

  • Levi Costa Carioca
  • José Lopes Tabatinga Neto
  • Vanessa Fernandes de Oliveira
  • Francisco Ewerton de Paula Uchôa
  • Dayvit Keffen dos Reis Vasconcelos
  • Antonio Miguel Furtado Leitao

Resumo

Introdução: Apesar da farta documentação acerca da existência de 12 pares de nervos cranianos, um 13° par é encontrado em muitas espécies de vertebrados, incluindo humanos. Porém na literatura há uma escassez de trabalhos comprovando a presença desse 13° par. Objetivos: Baseado nessas premissas, o objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de bibliográfica sobre as características morfofuncionais do 13° par de nervos cranianos. Metodologia: Foi utilizada a base de dados Pubmed, buscando como palavras chaves: “nervus terminalis” e ”nerve nulla”, sem restrição temporal, encontrando 158. Resultados: O nervo terminal é mais facilmente visualizado durante o desenvolvimento embrionário, tendo o seu número de fibras reduzido progressivamente, sem, contudo, deixar de existir. Sua presença em adultos é apenas visualizada através de microscopia. Suas fibras têm origem no osso etmóide e suas fibras, cruzando a lâmina cribriforme do mesmo osso, seguem no sentido ântero-posterior juntamente com o trato olfatório pelo sulco do giro reto. Intracranialmente suas fibras articulam-se com o telencéfalo em vários locais, incluindo o trígono olfatório e o primórdio do hipocampo. Inicialmente, após ser identificado em humanos, foi tratado como um vestígio evolutivo. Atualmente, por ter dimensões superiores do que se esperaria de um vestígio evolutivo e por sua imunorreatividade ao GnRH, considera-se possível que atue no controle de funções e comportamentos reprodutivos. Essa atuação, contudo, ainda não está bem definida. Conclusão: Constatou-se que a maior parte dos trabalhos encontrados focaram no estudo do Nervo Terminal em animais, seu estudo em humanos ainda é insuficiente e sua função ainda não é precisa. Além disso, sua relevância é maior para estudos de embriologia evolutiva, não sendo de grande utilidade para o contexto clínico.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Extensão