ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO CUIDADO À CRIANÇA COM SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA VÍRUS: RELATO DE CASO.
Resumo
INTRODUÇÃO: A Síndrome Congênita do Zika Vírus (SCZV) engloba um amplo espectro de más formações fetais, especialmente a nível neurológico, havendo uma relação bem evidenciada entre a infecção materna pelo Zika Vírus (ZIKAV) e a infecção intrauterina ou perinatal da criança que causará essa condição de saúde de grande relevância, dada a relação causal entre a epidemia global desse vírus e o acometimento do desenvolvimento infantil como um problema de Saúde Pública. OBJETIVOS: Relatar o processo de cuidado à uma criança com SCZV enfatizando pontos fundamentais da Fisioterapia Neuropediátrica. METODOLOGIA: Relato de caso de uma criança com SCZV atendida no Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce (NUTEP). CASO: Paciente G.G.L.A, 3 anos e 2 meses, sexo masculino, recém-nascido a termo, idade gestacional de 40 semanas e 3 dias, perímetro cefálico de 31,5 cm, diagnóstico clínico de SCZV com Microcefalia e Hiperreflexia associado à quadro de Paralisia Cerebral quadriparética e espástica, mãe apresentou infecção por ZIKAV na 12° semana de gestação. A criança apresenta um padrão de tônus característico, com hipertonia apendicular e hipotonia axial. Realiza acompanhamento semanal no NUTEP com equipe multiprofissional. No período de coleta do caso, a criança havia realizado aplicação de toxina botulínica, assim, apresentava diminuição evidente no padrão espástico e melhora na mobilidade. RESULTADOS:: Assim como evidenciado na literatura, a terapêutica englobou exercícios baseados nas demandas estabelecidas pela família, sendo estes relacionados ao treino de equilíbrio nas mudanças de postura, treino de marcha, alongamentos ativos e fortalecimento muscular. O tratamento enfatizou, sobretudo a inclusão do lúdico e da funcionalidade. CONCLUSÃO: A proposição de intervenções baseadas em evidências científicas de relevância clínica para a especificidade do paciente associada à abordagem centrada na família e na funcionalidade é essencial no cuidado dessa criança.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXVIII Encontro de Extensão
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