AVALIAÇÃO DA COORDENAÇÃO MOTORA: O DESENVOLVIMENTO MOTOR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM FOCO
Resumo
Entender a natureza dos problemas motores apresentados por crianças é fundamental para a execução de uma intervenção que minimize os impactos destes problemas no seu desenvolvimento global. Quando uma criança apresenta atraso no desenvolvimento motor, interferindo negativamente no desempenho de atividades escolares e cotidianas, ela pode ser diagnosticada com o Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC). O TDC representa dificuldades motoras para realizar tarefas comuns e, por consequência, dificuldades intrapessoais e psicossociais. Desta forma, é importante identificar crianças que apresentam dificuldades motoras para estabelecimento de estratégias adequadas e reversão deste quadro. O presente estudo buscou avaliar o desenvolvimento da coordenação motora de 68 crianças, de ambos o sexo, de 7 a 16 anos, de três instituições de Fortaleza/CE. Para isso, foi utilizada a bateria Movement Assessment Battery for Children (M-ABC 2), que atribui uma classificação (dificuldade motora, risco ou desenvolvimento típico) a partir do desempenho da criança em três tarefas de destreza manual, duas tarefas de arremessar e receber e três tarefas de equilíbrio. Os resultados mostraram que 29,4% das crianças avaliadas foram classificadas com dificuldades motoras (atraso no desenvolvimento motor), 19,1% apresentaram risco de dificuldades motoras e 51,4% foram classificadas com desenvolvimento típico. Ainda foi possível verificar que mais crianças de 7-10 anos foram identificadas com dificuldades motoras (39,5%) do que com 11-16 anos (5%). Os meninos foram mais classificados com dificuldades motoras (40,5%) do que as meninas (16,1%) e elas foram mais classificadas com risco de dificuldades motoras (35,4%) do que os meninos (5,4%). Este estudo ajuda a compreender os fatores ambientais que podem interferir no desenvolvimento motor e ajuda profissionais a darem atenção específica aos componentes motores que precisam ser estimulados na infância e adolescência.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXVIII Encontro de Extensão
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