COLPOSCOPIA NA ABORDAGEM DE LESÕES GENITAIS SUSPEITAS DE DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, EM ESPECIAL POR PAPILOMAVÍRUS HUMANO, ENTRE MULHERES ADOLESCENTES E ADULTAS JOVENS

Autores

  • Hyan Staytskowy Magalhaes Martins
  • Jose Eleuterio Junior

Resumo

Poucos são os serviços de colposcopia no estado do Ceará, sobretudo voltado a população com características peculiares como mulheres adolescentes e jovens. Sabe-se que nesta fase da vida a possibilidade de infecções sexualmente transmissíveis(IST) é alta e há necessidade de serviço especializado para acompanhar tais casos. O projeto tem por objetivo atender a demanda reprimida de colposcopia em mulheres jovens e adolescentes e ao mesmo tempo propor uma abordagem de ISTs, que frequentemente ocorrem nesta faixa etária. Ao mesmo tempo dar adequadas informações para as pessoas atendidas e servir de campo de treinamento para estudantes de medicina e residentes da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, no acolhimento e abordagem de pessoas com essas ISTs. As pacientes serão acolhidas no ambulatório pelo professor e aluno de extensão com uma abordagem de escutar seus anseios antes de iniciar a anamnese e exame físico. Neste momento serão trocadas informações para tranquilizar a paciente. Será realizada uma anamnese dirigida e depois exame físico e colposcópico. Serão solicitados exames para rastreio de doenças sexualmente transmissíveis e abordado tema de forma educativa e esclarecedora para diminuir os estigmas da doença. Foram atendidas neste serviço cerca de 110 mulheres jovens e adolescentes de Janeiro a dezembro de 2019 indicadas para colposcopia por suspeita de lesão em colo uterino. A maioria, cerca de 80% apresentavam alterações menores compatíveis com metaplasia. Cerca de 19% tinham lesão menor sugerindo baixo grau e 1% lesão maior. As pacientes foram acolhidas e orientadas sobre caso. Dentre as ISTs pesquisadas, HSV foi mais frequente, tendo sido identificada em 3% dos casos. Sífilis, hepatites e HIV não foram identificados. Há ainda muita desinformação sobre a necessidade de pesquisa de IST entra as jovens e alguns testes não são realizados no SUS, como pesquisa de clamídia.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Extensão