ENSINO DA LÍNGUA DE SINAIS PARA OUVINTES EM CENÁRIO DA SAÚDE – PERSPECTIVAS BILÍNGUE E INTERDISCIPLINAR

Autores

  • Ana Cristina de Sousa Costa
  • Juliana Donato Nóbrega
  • Ana Rebeca Medeiros Nunes de Oliveira
  • Antonio Daley Marques do Nascimento
  • Marilene Calderaro da Silva Munguba

Resumo

O presente estudo surge da vivência como bolsista no programa de extensão: Aquisição da Libras na perspectiva bilíngue - desafio transdisciplinar ao profissional da saúde e da educação. Apresenta-se um recorte do programa, com resultados preliminares. Objetiva-se descrever a experiência do ensino da Libras para ouvintes em cenário da saúde, nas perspectivas bilíngue e interdisciplinar. Trata-se de um relato de experiência de ações de extensão realizadas no Núcleo de Assistência Médica Integrada – Nami, abril a novembro de 2019. Descreve-se, aqui, um recorte referente às ações desenvolvidas no serviço de Terapia Ocupacional, sendo beneficiados 15 idosos, organizados em três subgrupos, na reabilitação cognitiva e funcional. Também participaram oito profissionais da equipe interdisciplinar, mediante a realização de duas oficinas de Libras. Têm sido adotados na mediação, por alunos do Letras Libras da UFC e da UNIASSELVI, uma aluna da Enfermagem da Unifor, o modelo lúdico, dramatização, contextualização dos sinais, tendo como base os interesses de cada participante. Identificou-se que essas estratégias foram bem aceitas e promoveu adesão, tanto dos idosos como dos profissionais, que afirmaram que o desafio é grande porque aprender uma língua “tão diferente” seria difícil, mas as estratégias de mediação utilizadas toram o desafio mais leve e instigante. A convivência com um aluno surdo que está se tornando cego, componente do grupo de mediadores, tem feito a diferença. Conclui-se que o ensino e aprendizagem da Libras para ouvintes em cenário da saúde nas perspectivas bilíngue e interdisciplinar, tem se mostrado determinante para os beneficiados idosos, já que promove a melhoria de sua memória e na funcionalidade, em especial de movimentos finos; na comunicação e socialização; e para os profissionais da equipe do serviço, quanto ao atendimento a pessoa surda, e atitude em situações que a comunicação precisa fluir.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Extensão