ETNOGRAFANDO A FESTA DE IEMANJÁ: A IMAGEM COMO CONSTRUÇÃO DE NARRATIVAS

Autores

  • Nair Beatriz Verissimo Lucena dos Santos
  • Marcelo Tavares Natividade

Resumo

O trabalho apresenta resultado de ações do Projeto Afrotons: Promoção da cultura e da arte afro-brasileira na Universidade e na cidade, ligado ao Laboratório de Estudos Sobre Marcadores Sociais da Diferença (LAMAS). O objetivo é promover e difundir cultura e arte afro-brasileiras na Universidade e na cidade, em uma perspectiva antropológica de valorização da diferença, da diversidade étnico-racial e dos movimentos populares. Tem como missão incentivar e executar ações em parcerias com órgãos do Estado e movimentos sociais, para colaborar e fomentar políticas públicas que reduzam as desigualdades sociais. Durante os dois anos em que o projeto está ativo, temos realizado etnografia da Festa de Iemanjá, que no ano de 2017 foi tombada como patrimônio imaterial pela Secretaria de Cultura de Fortaleza, e no dia 15 de agosto de 2018 tornou-se patrimônio cultural da cidade de Fortaleza. A Festa de Iemanjá acontece desde 1950 no bairro Praia do Futuro. É importante frisar que a escolha da Praia do Futuro como local que sedia o evento até os dias atuais foi forjada por conta da perseguição policial às religiões de matriz afro-brasileira no estado do Ceará na segunda metade do século XX, sendo a Praia do Futuro um local de difícil acesso, o que dificultava a perseguição policial. Foram realizados pela equipe registros fotográficos e audiovisuais, com o apoio da Secretária de Cultura e Arte da UFC (SECULT-ARTE), e da Coordenadoria de Políticas da Promoção da Igualdade Racial (COPPIR). O material produzido valoriza aspectos de nossas heranças culturais afro religiosas, bem como é instrumento estético de combate às intolerâncias e ao racismo religioso.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Extensão