FATORES DE RISCO ASSOCIADOS AO DIABETES DE INÍCIO RECENTE APÓS TRANSPLANTE DE FÍGADO

Autores

  • Myrella Messias de Albuquerque Martins
  • Renan Magalhães Montenegro Jr
  • Samila Torquato Araújo
  • Stephanie Veras Terto
  • Virgínia Oliveira Fernandes
  • Virginia Oliveira Fernandes

Resumo

Introdução: O diabetes de início recente após o transplante é uma complicação grave que pode se apresentar em receptores de transplante de fígado, afetando negativamente a qualidade de vida e a sobrevida do enxerto. Também contribui para o aumento do risco de infecção, doença cardiovascular e rejeição, que são as principais causas de morte entre os receptores de transplante de fígado. Objetivo: Avaliar os fatores de risco associados ao diabetes de início recente após o transplante. Metodologia: Este foi um estudo transversal com base nos dados de 146 pacientes transplantados de fígado em um hospital de referência. Os dados dos prontuários foram coletados em um formulário de duas partes: Parte I (variáveis sociodemográficas) e Parte II (variáveis clínicas). Resultados: A análise múltipla mostrou que a hipertensão arterial sistêmica preexistente (odds ratio [OR], 2,65; IC95%, 1,12–6,28) e o uso de Micofenolato de sódio associado ao Tacrolimus (OR, 2,68; IC95%, 1,02–7,06) aumentaram o risco de diabetes de início recente após o transplante. Ao comparar as variáveis antropométricas, o painel lipídico e os níveis de glicose no sangue de pacientes transplantados com e sem diabetes, foram encontrados níveis glicêmicos mais altos no grupo com diabetes (P <0,001). Conclusão: A hipertensão arterial sistêmica preexistente e o uso associado de Micofenolato de sódio e Tacrolimus aumentaram o risco de diabetes de início recente após o transplante.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Extensão