"FIGHT LIKE A GIRL": IFMSA BRAZIL UFC FORTALEZA E O EMPODERAMENTO FEMININO INTEGRAL

Autores

  • Ana Victoria Alves de Oliveira
  • Leonardo Freire Alves Nogueira
  • Isabelle Lima Feitosa
  • Kelen Gomes Ribeiro

Resumo

Atualmente, no Brasil, é facilmente percebida a intimidação das mulheres pelo mero fato de pertencerem ao sexo feminino, o que evidencia uma sociedade adepta ainda à superioridade masculina (BRASIL,2006). Tem-se que, em 2018, 536 mulheres foram vítimas de agressão física a cada hora (SILVA et al, 2012). A partir disso, objetivou-se discutir sobre esse tema na Universidade Federal do Ceará (UFC), como forma de prevenção primária e terciária, e contribuir com estratégias de combate à agressão contra as mulheres. Realizou-se o Fight Like a Girl (FLG), que consistiu numa oficina de defesa pessoal dirigida às mulheres estudantes de medicina da UFC. Foi feito um levantamento prévio sobre a disponibilidade e o interesse desse público. Após confirmada essa demanda, a ação foi realizada com a participação de 18 mulheres, ministrada por um professor de artes marciais. Ao final, foram realizadas discussões sobre o machismo e a violência contra a mulher. Por fim, as participantes responderam um questionário de avaliação de repercussões do evento acerca da utilidade da oficina e da sensação de segurança posterior ao evento. As perguntas foram abordadas qualitativamente e obteve-se avaliação positiva, com contribuição importante para aumentar a sensação de segurança e o empoderamento feminino frente às situações de perigo. Muitas, inclusive, relataram intenção de aprofundar os conhecimentos sobre defesa pessoal. Como pontos positivos foram salientados, ainda, a acessibilidade e organização da atividade. Quanto aos pontos negativos, foi destacado o fato de a iniciativa ter sido isolada e sem continuidade. À luz da discussão, é evidente a importância de promover atividades de empoderamento feminino no contexto de um país tão marcado ainda pelo machismo. O FLG é um projeto singular, uma vez que foge do modelo teórico de expandir as fronteiras da liberdade feminina, e traz a possibilidade de capacitar mulheres a se defender física e, consequentemente, psicologicamente.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Extensão