HERANÇA K E HERANÇA M: A ECONOMIA COMO FATOR DECISIVO NA POLÍTICA ARGENTINA
Resumo
A conjuntura política argentina do presente século é marcada pelos termos “Herança K” e “Herança M”, que fazem referência ao panorama econômico que os governos kirchnerista e macrista deixaram ao país ao saírem de seus respectivos cargos, sendo este utilizado, por vezes, como uma ferramenta política de oposição, que se faz relevante por possuir respaldo social no país, tendo em vista a alarmante situação socioeconômica platina. Inicialmente, o governo de Cristina Kirchner terminou seu mandato com uma inflação de 29,9% e o dólar custando cerca de 10 pesos com uma estimativa de 12 milhões de cidadãos em situação de pobreza, índices esses que, à época, corroboraram para o fim do kirchnerismo, após 12 anos ininterruptos, no processo eleitoral de 2015, o que culminou com vitória de Maurício Macri. O macrismo, por sua vez, aumentou consideravelmente tais índices, os quais já considerados inquietantes em 2015, alcançando em novembro de 2019 uma inflação de 57,3%, com o dólar a 63 pesos, além de 14 milhões em situação de pobreza, o que acarretou a Macri uma derrota expressiva contra o candidato kirchnerista, Alberto Fernandez, nas eleições ocorridas naquele ano. O atual cenário econômico argentino pós-eleições, no entanto, permanece pouco otimista, devido, entre outros fatores, o restabelecimento de sobretaxas às importações de aço e de alumínio argentinos promovido pelo atual governo dos EUA. Por meio de análise das aferições econômicas dos órgãos internacionais, como a OMC e o FMI, e de buscas documentais e bibliográficas da comunidade acadêmica nacional e internacional, este estudo tem como fito analisar a reação da sociedade civil argentina em face de sua conjuntura econômica, da qual se obtém como resultado que a economia é fator decisivo na opção política do argentino.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXVIII Encontro de Extensão
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