LIGA DE ONCOLOGIA ORAL: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES DIAGNOSTICADOS COM LESÕES MALIGNAS E POTENCIALMENTE MALIGNAS NA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UFC

Resumo

Segundo as estimativas realizadas pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), haverá a ocorrência de 600 mil casos novos de câncer para o biênio 2018-2019 no Brasil. O cirurgião-dentista é fundamental para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de boca, assim como de lesões com potencial de malignização. Portanto, este trabalho possui como objetivo realizar um levantamento dos pacientes diagnosticados com câncer oral e lesões pré-malignas atendidos na Clínica de Estomatologia da Faculdade de Farmácia, Odontologia e Enfermagem da Universidade Federal do Ceará (FFOE-UFC), a fim de traçar perfil epidemiológico. À vista disto, foram analisados os laudos histopatológicos de lesões bucais diagnosticadas na Clínica de Estomatologia da FFOE-UFC no período de janeiro a novembro de 2019. Dos pacientes diagnosticados, 18 apresentam lesão maligna, sendo a mais comum o carcinoma de células escamosas (CEC). O sexo com maior acometimento de câncer bucal é o masculino, com 61%, a idade mais frequente é a partir dos 50 anos, com representação de 95%, e a localização mais comum das lesões é a borda lateral de língua, com 28% dos casos. Em relação às lesões com potencial de malignização, ou seja, pré-malignas, foram diagnosticadas 25 pessoas, onde 54% dos casos ocorreram no sexo feminino e 95% a partir dos 50 anos de idade, sendo a mucosa jugal a localização mais encontrada, correspondendo a 22% dos casos. A lesão pré-maligna mais encontrada foi a hiperceratose em diferentes graus de displasia epitelial. Em suma, ao traçar o perfil epidemiológico desses pacientes, é possível estimar a probabilidade de encontrá-las na prática clínica, além de auxiliar na elaboração de hipóteses diagnósticas e direcionar as ações de prevenção de câncer bucal para um público específico.