O FATOR DE INTERCOOPERAÇÃO NA PERSPECTIVA DA ECONOMIA SOLIDÁRIA: UMA ANÁLISE DO PROCESSO FORMATIVO PROPORCIONADO JUNTO AO MST PELA FUNDAÇÃO MUNDUKIDE

Autores

  • Natanael Alves Ferreira
  • Andre Vasconcelos Ferreira

Resumo

O cooperativismo surge no início do século XIX, sendo uma alternativa ao capitalismo. Nesse movimento, integra-se a intercooperação como fator a alavancar as ações de um capital social articulado e dos empreendimentos no contexto da Economia Solidária. Interpretada como uma outra economia (SINGER, 2002), a Economia Solidária difunde princípios baseados na participação dos agentes econômicos pela autogestão e nas relações de cooperação em meio às relações sociais, sendo uma livre iniciativa com enfoque para a propriedade coletiva. Dessa forma, a intercooperação já se apresentava ainda no início da história das primeiras cooperativas como essencial para a sustentabilidade econômica. Seguindo uma dimensão mais articuladora da endogeneização da economia numa mesma dinâmica, essa operação colaborativa também possibilita o desenvolvimento econômico e social. Considerando tal extensão como uma ferramenta de diálogo entre as estruturas econômicas e sociais seja no processo produtivo ou de comercialização. Nesse sentido, através das relações de extensão do Grupo de Extensão em Economia Solidária – GESOL, esse trabalho objetiva ressaltar a importância da intercooperação no processo de formação que está sendo oferecido ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST que conta com o apoio da Fundação Mundukide que é ligada às cooperativas de Mondragón, região da Espanha, com o maior complexo de cooperativas do mundo. A metodologia adotada é do tipo exploratória descritiva por meio de pesquisas bibliográficas na literatura acerca de assuntos relacionados, além de analisar o processo formativo em uma abordagem a observar a intercoorperação e seu impacto no âmbito de uma discussão introdutória, a fim de descrevê-lo. Portanto, esse aspecto cooperativo que em princípio foge da racionalidade econômica neoclássica, proporciona um nível de desenvolvimento econômico na lógica necessária ao fortalecimento das relações de economia solidária com seus arranjos cooperativos.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Extensão