PRÁTICAS POLÍTICAS EM COLETIVOS JUVENIS: ANÁLISE DA ATUAÇÃO POLÍTICA DO GRUPO DE HIP HOP SULCLAN

Autores

  • David da Silva Pinheiro
  • TÂnia Maria Batista de Lima E Sousa

Resumo

O presente trabalho objetiva analisar de que forma as juventudes pensam e atuam frente à política a partir de movimentos coletivos de arte e cultura produzidos pelos jovens do Grande Jangurussu. Este estudo parte das análises da pesquisa intitulada: “A política na vida de jovens da periferia de Fortaleza: compreensão e formas de expressão no Parque Santa Filomena” do Grupo de Pesquisa: Políticas Públicas, Educação, Movimentos Sociais e Juventudes da Faculdade de Educação da UFC. Buscou-se identificar de que forma o protagonismo juvenil contribui para uma melhor representação e formação política, tendo em vista que o modo convencional de atuação na comunidade tem sido questionado por esses mesmos sujeitos. Com base nessa ideia, foram adotadas abordagens qualitativas por meio de entrevistas semiestruturadas com jovens do Coletivo de hip hop Surreal Underground Lunáticos Criaturas Libertas Autênticas Naturalmente (SULCLAN), que atua no Grande Jangurussu. Partindo das conceituações teóricas sobre Juventudes e Políticas Públicas de Abramo (1998) e de Direitos e Participação Política de Arendt (1997), objetivamos compreender a relação que o Coletivo SULCLAN estabelece entre as diversas formas de pensar(se) e fazer política. Análises preliminares indicam que os jovens identificam uma profunda desigualdade que caracteriza a cidade e a vida social em Fortaleza. Expressam também que se sentem abandonados pelos governantes e identificam que a prática política desses é sempre restrita aos períodos eleitorais, quando aparecem no bairro para angariar votos. Finalmente, os jovens enfatizam em suas falas o esquecimento a que estão relegadas às populações dos bairros periféricos da cidade.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Extensão