PROMOÇÃO DA EDUCAÇÃO CONTINUADA SOBRE O TRATAMENTO COM INIBIDORES DE TIROSINA-QUINASE EM PACIENTES COM LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA (GRUPO DE OBSERVAÇÃO DE TRATAMENTO E ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS (GOTAH), AÇÃO INTEGRADA EM SAÚDE - FFM00.2006.PJ.0030)

Autores

  • Anneheydi Araujo de Oliveira
  • Tarcísio Paulo de Almeida Filho
  • Acy Telles de Souza Quixadá
  • Suzzy Maria Carvalho Dantas
  • Paula Mariana Maia Nogueira
  • Romelia Pinheiro Goncalves Lemes

Resumo

O tratamento da leucemia mieloide crônica (LMC) consiste no uso dos inibidores de tirosina-quinase (ITKs), medicamentos não quimioterápicos que mantém a doença em remissão. Os objetivos desta atividade extensionista foram: realizar um trabalho de educação em saúde com os pacientes diagnosticados com LMC; determinar o perfil sóciodemográfico dos pacientes em uso dos ITKs, assim como taxa de adesão e eventos adversos. Realizaram-se visitas semanais no ambulatório de LMC do HUWC/UFC com a finalidade de realizar uma intervenção em saúde através de material didático (folder) e aplicação dos questionários pré-estruturado e de Moryski, que classifica os pacientes com baixa, média ou alta adesão. A análise estatística foi realizada em programa GraphPad Prism 6.0. A abordagem educativa, referente à entrega de folder e explanação do conteúdo, foi aplicado a 100 pacientes, desses, 60 responderam a ambos os questionários. Os 60 pacientes foram estratificados entre adultos n=44 (73,3%) e idosos n=16 (26,7%), desses, 34 (56,67%) são do sexo feminino. Um total de 25 (41,7%) pacientes relataram efeitos adversos, sendo todos usuários do imatinibe (p<0,0047). Náuseas foi o efeito adverso mais frequente, sendo relatado por 80% dos pacientes, assim como cãibra (28%), diarreia (24%), mialgia (12%) e dor abdominal (8%). Taxas de alta adesão n=28 (46,7%) foram maiores em pacientes do sexo feminino n=16 (57,1%), em pacientes com tempo de tratamento ≥5 anos n=14 (50%) e que não apresentavam efeitos adversos n=18 (64,3%). Em suma, os dados mostram que os pacientes com alta adesão apresentaram menos efeitos adversos e são, em sua maioria, do sexo feminino. Destaca-se, ainda, a necessidade da educação continuada no ambulatório, de modo a fortalecer a importância do acompanhamento extensionista no referido ambulatório, desenvolvendo atividades desde a abordagem educativa e esclarecendo quanto a importância da adesão para o sucesso da resposta terapêutica.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Extensão