A ARTE POR TRÁS DA PSIQUÊ: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A MENTE ARTÍSTICA DE VAN GOGH

Autores

  • Lucas Nobre Guimaraes
  • Beatriz Helena Bezerra Nogueira Diogenes

Resumo

Com o desenvolvimento da humanidade, uma das expressões mais puras e singulares do pensamento tem sido manifestada através da veia artística inerente ao ser humano, que corresponde ao lado emotivo e expressivo de cada um. Essa realidade tem sido manifestada desde os primórdios, através dos homens primitivos, por meio das pinturas rupestres, ao demonstrar uma necessidade de deixar sua identidade, seja daquilo que se é, seja daquilo que se faça. Tal prática foi percebida ao longo de toda a história do mundo, de modo consciente ou inconsciente, tanto nas pinturas medievais do período paleocristão, nas quais, mesmo no puro ato de documentar a fé cristã de uma forma simples e clara, é perceptível a lógica psicológica humana, até o apogeu em tempos modernos, do encontro do homem consigo mesmo, quando busca na arte sua expressão máxima de liberdade. Dessa forma, percebe-se uma relação intrínseca entre a psique e a expressão humana que garante a individualidade ao traço artístico. Além disso, por viver em comunidade, o homem também se apoia em diretrizes de uma espécie de subconsciente coletivo, garantindo assim a continuidade e a unidade de um período temporal. Portanto, este artigo tem por base a análise dessa relação entre o lado psicológico e a atividade artística, tendo como objeto de estudo o pintor Van Gogh, através de pesquisa bibliográfica, abordando tudo aquilo que contribuiu para sua formação pessoal, além da análise de algumas de suas obras. A escolha do artista expressionista deu-se por ele ser um dos maiores artistas da humanidade, reconhecido pela qualidade e singularidade de sua obra, reflexo do seu estado emocional, apenas após sua morte, por não ter tido, sob julgamento da sociedade, capacidade artística para atender as demandas do seu tempo. Dessa forma, a relevância deste trabalho está no escopo de sustentar uma quebra do academicismo em função de uma arte que comungue das emoções mais primitivas e inerentes ao homem libertando-a de amarras técnicas.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Iniciação à Docência