A METODOLOGIA QUEBRA-CABEÇA COMO ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM COOPERATIVA APLICADA À MONITORIA DE NEUROFISIOLOGIA

Autores

  • Igor Moreira de Almeida
  • Richard Boarato David
  • Camila Ferreira Roncari

Resumo

A metodologia Quebra-Cabeça é uma estratégia de ensino ativo baseada na aprendizagem cooperativa com o intuito de desenvolver habilidades intelectuais e interpessoais através de relações sociais nas quais os alunos interagem e compartilham ideias, melhorando a compreensão individual e mútua de determinado assunto. Portanto, no presente estudo avaliamos a aplicação da metodologia Quebra-Cabeça em atividade de monitoria de Neurofisiologia com alunos do curso de Enfermagem. Durante a monitoria, os estudantes foram divididos em quatro grupos de oito a nove pessoas e cada um desses grupos ficou responsável pela resolução e discussão de questões referentes a um subtópico de um questionário sobre “Neurotransmissão”. Em uma primeira fase, os integrantes de cada grupo se concentraram nas questões de seu subtópico durante 15 minutos, para que, em uma segunda fase, dois estudantes de cada grupo fossem realocados para outro, onde deveriam discutir as questões que resolveram em seu grupo de origem com os demais, até que todos tivessem compartilhado suas ideias sobre cada uma das questões. Dos 38 alunos participantes, 84,21% avaliaram a metodologia como “muito boa” ou “boa”, enquanto que os 15,79% restantes a avaliaram como “regular”. Aproximadamente 70% da turma considerou que os objetivos da monitoria foram “muito claros” e os 30% restantes os consideraram “um pouco claros”. Já em relação ao grau de importância da troca de informações entre os alunos para o aprendizado, 52,63% consideraram “muito importante” e 47,37%, “importante”. Quanto à divisão em grupos, ela foi considerada “muito boa” por 44,74% dos alunos e “boa” para os 55,26% restantes. Portanto, os resultados sugerem que a metodologia Quebra-Cabeça aplicada ao ensino da Neurofisiologia é bem avaliada pelos alunos, podendo contribuir para formação de estudantes mais críticos e fomentar a discussão e o debate de ideias no meio acadêmico, além de consolidar o conhecimento adquirido durante as aulas.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Iniciação à Docência