ANÁLISE DA OPINIÃO DE GRADUANDOS DE MEDICINA SOBRE A RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE NA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS

Autores

  • Yuri Medeiros Bezerra
  • Isabelle de Sousa Pereira
  • Rafael Dantas Sarubbi
  • Davi Oliveira Aragão
  • Daniel Ponte Frota
  • Ana Rosa Pinto Quidute

Resumo

Introdução: Aderência é definida como o grau no qual os pacientes praticam recomendações de provedores de atenção à saúde. Não-aderência a drogas prescritas permite taxas de morbidade persistentes. Um achado consistentemente validado é que o paciente precisa, bem como entender o modo de uso das drogas prescritas, participar na escolha de um regime medicamentoso que se adeque à sua rotina e a suas necessidades para que exista cooperação adequada. Para idealizar um plano terapêutico em equipe, uma boa relação médico-paciente é condição sine qua non. O objetivo da presente análise é perceber como os estudantes percebem a relação entre médico e paciente na elaboração de uma prescrição efetiva. Métodos: O questionário LatConII foi aplicado em um grupo de estudantes que passaram pela disciplina de Farmacologia Clínica, por uma experiência com o uso de múltiplas medicações simultâneas, e que não entraram no internato. Resultados: 18 participantes responderam o questionário. Entre esses, 18 concordaram que a prescrição deve considerar as expectativas do paciente acerca do tratamento; 17 concordaram que os tratamentos são mais bem aproveitados quando são o que o paciente quer e é capaz de fazer; 18 concordaram que médicos devem ajudar pacientes a fazer a escolha mais informada sobre as opções de tratamento; 5 concordaram que o médico pode tomar decisões para o tratamento sem a expressão do paciente em certas situações; 17 afirmaram que o médico e o paciente devem encontrar o meio termo em relação ao que é o problema e qual será a conduta; 13 consentiram que a consulta médica é uma negociação entre iguais; 9 corroboraram a ideia de que a decisão mais importante no contexto da consulta é aquela do paciente. Conclusão: O grupo analisado demonstrou bom grau de consideração da autonomia do cliente em uma consulta médica; entretanto, ainda há algumas situações em que o senso-comum é de que o médico detém certa autoridade e certa prioridade, especialmente se em prol do paciente.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Iniciação à Docência