ANÁLISE DOS ÓBITOS POR AFOGAMENTOS NO BRASIL E NO ESTADO DO CEARÁ.
Resumo
O afogamento é uma causa relevante de óbitos no Brasil e merece receber mais atenção da gestão pública, uma vez que se trata de trauma o qual repercute nas áreas da saúde, social e econômica, inclusive afetando parentes e amigos da vítima. A questão requer políticas e estratégias de enfrentamento. O trabalho objetiva analisar a situação de óbitos por afogamento no Brasil e no Estado do Ceará. Para alcançar o objetivo, realizou-se pesquisa em registros do Ministério da Saúde, de 2007 a 2017, e nos livros de ocorrências da Companhia de Salvamento Marítimo (1ª e 2ª CSMAR), do CBMCE, confeccionados nos anos de 2017 e 2018, além de haver coleta de informações do Portal da transparência do Estado do Ceará. No Brasil, observou-se média anual de óbitos, de 2007 a 2017, totalizando 5448 casos, tendo havido uma suave redução anual ao longo do período. A região Norte é a região mais propensa a estas ocorrências, fato sugestionador de que a enorme quantidade de rios e outros reservatórios, associada à dificuldade de cobertura por equipes de resgate, parece ser fator que contribui para a ocorrência de afogamentos. A Região Sudeste apresenta a menor taxa, o que pode estar associado a uma melhor estrutura de equipes de resgate, como também a mais campanhas preventivas. As vítimas mais frequentes são do sexo masculino, sendo esta relação de 9 para 1. A faixa etária de 30 a 49 anos é a mais vitimada por afogamento. Merece atenção o fato de o afogamento ser a segunda causa de óbito de crianças de 1 a 9 anos. Sob o ponto de vista de custos, no Estado do Ceará, a média diária por internação hospitalar decorrente de afogamento foi de R$ 4.105,22, de 2011 a 2018. O trauma familiar decorrente do afogamento e este alto custo destacam a importância da prevenção do sinistro. A prevenção é mais eficiente que a assistência às vítimas e tende a ter custo inferior.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXVIII Encontro de Iniciação à Docência
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