ANATOMIA HUMANA NO PROCESSO DE INCLUSÃO SOCIAL DE PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA VISUAL

Autores

  • Sarah Girao Alves
  • Amanda Carolina Trajano Fontenele
  • Aristéa Ribeiro Carvalho
  • Helson Freitas da Silveira
  • Renan Soares
  • Jose Ricardo Sousa Ayres de Moura

Resumo

Introdução: Novos espaços e formas de participação no que concerne à educação e à habilitação profissional têm sido desenvolvidos, possibilitando a transmissão de conhecimentos que não podem ser adquiridos por meio da visão. Destaca-se a utilização de novas técnicas aplicadas ao ensino da Anatomia, como a Plastinação, que preserva espécimes biológicos, através de impregnação com polímeros plásticos, permitindo o manuseio sem o uso de luvas e, também, a moldagem em gesso. Objetivos: Relatar a percepção acerca de uma ação voltada ao estudo de anatomia humana e propriocepção realizada com deficientes visuais. Relato: Uma ação extensionista foi executada por projetos do Departamento de Morfologia, voltados ao estudo da Anatomia Humana, no Instituto dos Cegos do Ceará. Inicialmente, efetuou-se uma disposição das peças anatômicas plastinadas entre os alunos do local, realizando-se uma explicação individual referente a elas, sem identifica-las. Nesse momento, pedia-se que o aluno dissesse o que ela representava e onde se encontrava em seu corpo. Posteriormente, foi realizada uma prática de moldagem de partes do próprio corpo utilizando gesso, com a utilização de Alginato para confecção dos moldes. Resultados: Observou-se que os deficientes visuais apresentam uma noção proprioceptiva excepcional, já que, no primeiro momento, muitos foram capazes de identificar a localização que as peças teriam em seus próprios corpos. Além disso, a prática da moldagem pôde dar a eles uma perspectiva diferente da contemplação do próprio corpo, pois a técnica utilizada gera peças com riqueza de detalhes. Conclusão: Observa-se nessa metodologia uma oportunidade de transmissão de conhecimento capaz de oferecer aos deficientes visuais o acesso ao conhecimento de anatomia e percepção do próprio corpo e promover integração no espaço da Universidade. Além disso, a possibilidade de manuseio das peças sem luvas é um grande facilitador da utilização delas para estudo pelos indivíduos em questão.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Iniciação à Docência