AS PRÁTICAS MÉDICO-EDUCATIVAS NO CEARÁ DA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX, NO ESFORÇO PELA DIMINUIÇÃO DA MORTALIDADE INFANTIL.

Autores

  • Erica Cavalcante Lima
  • Maria Juraci Maia Cavalcante

Resumo

Na região Nordeste e, especificamente, no Estado do Ceará, recorte espacial deste estudo, foram lentos os processos de disponibilização de serviços relativos à urbanização, salubridade e higienização, visto que essas deliberações urbanísticas estavam fortemente vinculadas à industrialização, e, no Ceará, no período em questão, davam-se ainda os primeiros passos nessa direção.Todavia, a partir dos anos finais do século XIX, com a substituição da pecuária extensiva pela cultura do algodão, o Ceará, principalmente sua capital, Fortaleza, vivenciou o seu primeiro fluxo real de crescimento, bem como de aformoseamento. Nesse período, é válido mencionar, o discurso médico e higienista passou a ter grande influência sobre os planos reguladores e disciplinadores dos espaços urbanos, o que contribuiu grandemente para a implementação das primeiras medidas sistemáticas de saúde pública e de assistência aos “desvalidos” por parte do Estado. No que diz respeito à chamada “população desvalida”, as crianças pobres, sobremaneira, tinham uma representação significativa, pois tendo sido assistidas, por longo tempo, somente por instituições de caridade e de filantropia, viviam, muitas vezes, em situação de extremo abandono por parte do poder público, fato que corroborava para as altíssimas taxas de mortalidade infantil do período. Diante do exposto, neste projeto de pesquisa nos propomos a investigar quais eram e como se estabeleceram as práticas médico-educativas do Ceará, na primeira metade do século XX (1913 - 1949), com ênfase na busca pela redução da mortalidade infantil, que era um importante desafio a ser transposto pelo poder público do Estado, naquele período. Almejamos, ademais, identificar os impactos de tais práticas no modo de vida da população e a relação delas com a diminuição dos números da mortalidade infantil no Estado.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Iniciação à Docência