ASPECTOS ANATOMOCLÍNICOS DO TRÍGONO DA AUSCULTA: UM REVIEW

Autores

  • Kevyn Alisson Nascimento Gurgel
  • Gilberto Santos Cerqueira
  • Amanda Carolina Trajano Fontenele
  • Felipe de Oliveira Vasconcelos
  • Jose Ricardo Sousa Ayres de Moura

Resumo

INTRODUÇÃO: O trígono da ausculta constitui importante ponto anatômico, mas seus limites e conteúdos precisos possuem variâncias dentro da literatura médica, dificultando seu ensino na anatomia e comunicação entre profissionais da saúde. OBJETIVOS: Realizar revisão de literatura sobre aspectos anatomoclínicos do trígono da ausculta. METODOLOGIA: Foi realizada revisão de literatura, com aplicação do fluxograma PRISMA nas bases de dados PubMed e SciELO. A partir dos descritores triangle of auscultation, auscultatory triangle ou trigonum auscultationis, foram identificados 117 resultados no PubMed e 0 no SciELO, com 5 outros relatos identificados em livros de anatomia e semiologia. Dos 122 relatos identificados, 38 foram rastreados em busca de definições do trígono, com exclusão de 30 e eleição de 8 para leitura completa. Dos 8 relatos escolhidos, dois foram excluídos, 1 por não possuir definição e 1 por ser estudo expandido de relato já incluído, sendo 6 relatos incluídos na análise final. RESULTADOS: Conteúdo em posição anatômica: 2 relatos apresentaram como definição os músculos romboide maior, serrátil anterior e eretor da espinha, 1 apresentou apenas músculo romboide maior, 1 apresentou sétima costela e sétimo e sexto espaços intercostais e 2 não definiram. Conteúdo em protração escapular e flexão do tronco: 2 relatos definiram como sétima costela e sexto e sétimo espaços intercostais e 4 não definiram. Por último, em relação aos limites: 4 definiram como músculos trapézio e latíssimo do dorso e borda medial da escápula, 1 definiu como músculos trapézio, latíssimo do dorso, infraespinal e redondo maior e 1 definiu como músculos trapézio, romboide maior e latíssimo do dorso. CONCLUSÃO: A literatura apresenta divergência entre os limites e conteúdos do trígono da ausculta, demonstrando a necessidade da formação de consenso conceitual para tal marco anatômico, facilitando o seu ensino na disciplina de anatomia e a sua comunicação dentro do linguajar médico.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Iniciação à Docência