CONTROLE DA TUBERCULOSE NA PRÁTICA DO INTERNATO EM MEDICINA

Autores

  • Raul Palmeira de Castro Silva
  • José Nilson Correia Neto
  • Erika Andrade Santos
  • Antônio Ivan Araujo Monteiro Júnior
  • Carlos Alexandre de Sousa Texeira
  • Monica Cardoso Facanha

Resumo

A tuberculose (TB) é uma doença mundialmente disseminada e seu controle tem se mostrado um dos maiores desafios de saúde pública global. Estima-se que cerca de um terço da população mundial esteja infectada com Micobacteirum tuberculosis, sendo concentrada em países subdesenvolvidos. Este trabalho tem como objetivo avaliar o conhecimento e o contato dos estudantes com a operacionalização do controle da TB nas unidades básicas de saúde (UBS) durante sua formação. Para isto, em 2019, foi aplicado um questionário com perguntas referentes às políticas de diagnóstico e tratamento nas UBS, a internos do curso de Medicina da UFC. Responderam 18 internos do 10º ao 12º semestre, com um tempo médio de vivência em UBS de dois meses; destes, 77,8% tiveram contato com algum caso de TB durante o estágio; 83,3% afirmaram que os casos sintomáticos chegam à UBS por iniciativa própria do paciente, enquanto 11,1% referiram que os casos chegam por busca ativa e 5,6% com suspeita realizada em outro local. Sobre coleta do escarro, 5,6% referiu existir geladeira na UBS para armazenamento da amostra, 27,7% afirmaram que o exame é postergado por falta de armazenamento correto, 22,2% referiram que o exame poderia ser analisado na própria UBS, 44,4% não sabiam responder. Quando questionados a cerca da existência de PPD na UBS, 44,4% responderam que não, 38,8% não sabiam, e 16,6% responderam que estava disponível. Apenas 16,7% dos estudantes participaram de visitas domiciliares durante o estágio, e 50% Dos entrevistados afirmaram terem participado de busca ativa enquanto estavam na UBS. Pode-se concluir que existem diversos empecilhos estruturais e organizacionais nas UBS que limitam o alcance das metas ideais para o controle da tuberculose, além disso, observa-se que embora o contato dos internos com esta doença seja relativamente frequente, muitas informações lhes são desconhecidas, sugerindo que seu engajamento neste processo ainda é limitado.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Iniciação à Docência