DIAGNÓSTICO DE COINFECÇÃO DE PNEUMOCISTOSE E HIV EM PACIENTE OCTOGENÁRIO: UMA RESSALVA SOBRE TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA.

Autores

  • Erica dos Santos Barbosa
  • Elcineide Soares de Castro

Resumo

INTRODUÇÃO:Complicações pulmonares são causas comuns de morbidade e mortalidade em pacientes com a síndrome da imunodeficiência adquirida.A pneumonia por Pneumocystis jiroveci é a causa mais comum de doença pulmonar difusa aguda na AIDS.OBJETIVOS:Relatar o caso de uma paciente portador de retrovirose com pneumocistose, diagnosticada no Hospital São José. MATERIAIS E MÉTODOS:Para a elaboração desse relato,realizou-se análise retrospectiva do caso com revisão de prontuário,além de revisão de literatura.RELATO DE CASO:Paciente do sexo feminino,68 anos,portador de retrovirose,em uso de TARV.Há um mês começou a apresentar poliartralgia e paresia em membros inferiores e membro superior esquerdo,tosse produtiva e febre vespertina não aferida associada a sudorese noturna.Procurou auxilio medico em UPA por diversas vezes,recebendo apenas remédios sintomáticos,e voltando para casa. Evoluiu com piora dos sintomas, sendo mais importante em MMII,impossibilitando sua deambulação.Associado a isto,apresentava tosse produtiva com febre vespertina não aferida,calafrios e intensa dor abdominal,o que motivou sua ida a emergência do Instituto José Frota no dia 19/08/2019,onde recebeu o diagnóstico de retrovirose e foi encaminhada para o HSJ.Ao exame físico apresentava uma importante monilíase oral e na ausculta respiratória murmúrio vesicular diminuído em base associado a queixa de dispneia.Foi submetida a raio-x de tórax,apresentando padrão de pneumonia intersticial bilateral,opacidade micronodular em base esquerda sugestiva de granuloma e em TCAR áreas com atenuação em vidro fosco.O achado radiográfico era bastante sugestivo de pneumocistose,principalmente quando associado aos seus níveis de CD4<145,fortalecendo ainda mais o diagnóstico de infecção oportunista.Paciente iniciou uso de Sulfametoxazol-Trimetoprim (SMX-TMP)400mg/80mg,dois comprimidos uma vez por dia.Paciente evoluiu sem efeitos colaterais, apresentando melhora significativa do quadro.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Iniciação à Docência