DOENÇAS INFECCIOSAS E ESTUDANTES DE MEDICINA: O QUE SABEM E O QUE AINDA NÃO SABEM?

Autores

  • Erika Andrade Santos
  • Carlos Alexandre de Sousa Teixeira
  • Nilson Correia Neto
  • Antonio Ivan Araújo Monteiro Junior
  • Raul Palmeira
  • Monica Cardoso Facanha

Resumo

As doenças infecciosas (DI) são dos diagnósticos mais comuns nos ambientes hospitalar e ambulatorial. Portanto, todos os médicos devem ter forte compreensão das DI para prestarem assistência de alta qualidade ao paciente. Dessa forma, objetiva-se avaliar os conhecimentos de estudantes de medicina da UFC sobre o diagnóstico, exames complementares e tratamento de DI abordadas durante a disciplina de infectologia. É um estudo transversal e quantitativo com a aplicação de questionários subjetivos contendo quarenta perguntas no formato de casos clínicos sobre quinze DI no seu último dia de aula da disciplina ministrada no sétimo semestre do curso de Medicina. Foram avaliados 148 estudantes entre março e novembro de 2019. Observou-se que, das perguntas direcionadas ao diagnóstico de casos clínicos, os maiores índices de acerto foram em relação à dengue 148 (100%), Meningite 148 (100%) e Leptospirose 145 (97.8%); os menores foram Herpes Zoster 90 (60.81%), Meningoccemia e Sarcoma de Kaposi, ambos com 102 (68.92%) acertos. Em relação aos exames complementares, 139 (93.92%) estudantes conheciam os exames diagnósticos de sífilis, contrapondo-se a 75 (50.68%) que sabiam sobre a hanseníase. Quanto às perguntas relacionadas a tratamento, a resposta com maior índice de acertos foi sobre o tratamento de sífilis secundária 135 (91,22%), neurossíflis 126 (85.14%) e celulite bacteriana 130 (87.84%), e com maior índice de erro, foi a relacionada ao tratamento de Herpes Zoster, 46 (31,76%) estudantes acertaram a questão. Assim sendo, percebe-se a necessidade de maior esforço durante a disciplina de infectologia para apresentar mais casos teóricos e práticos sobre meningococcemia, sarcoma de Kaposi, hanseníase e herpes zoster, já que foram as doenças com maiores porcentagens de erros. Entretanto, verificou-se que em várias doenças prevalentes na população, como dengue, sífilis, meningite, celulite e leptospirose, os alunos demonstram segurança ao diagnosticar.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXVIII Encontro de Iniciação à Docência