A EDUCAÇÃO DOS EXCEPCIONAIS NA SOCIEDADE PESTALOZZI DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PELAS REVISTAS CRIANÇA EXCEPCIONAL (1969-1976).
Resumo
Na história da Educação Especial no Brasil, as instituições privadas, como as Sociedades Pestalozzi, tiveram destaque no atendimento às crianças com deficiência, que, no recorte temporal dessa pesquisa, eram chamadas de “crianças excepcionais”. O presente trabalho refere-se à continuidade de um estudo que evidenciou as práticas pedagógicas inerentes à Sociedade Pestalozzi do Estado do Rio de Janeiro (SPERJ), no período de 1964 a 1986, por meio da análise dos Relatórios da Diretoria da instituição. Nesta nova fase da pesquisa, o objetivo constitui-se em ampliar o olhar científico sobre o objeto e as especificidades das práticas pedagógicas da SPERJ, explorando outro tipo de fonte primária: as edições da Revistas Criança Excepcional (1969-1976), periódico criado pela referida instituição para divulgar seus princípios e suas ações, visando trazer mais pessoas para a causa do excepcional. A análise dessas fontes primárias foi feita à luz de Gramsci (2001), que orientou a verificação da documentação sob duas perspectivas: a criação de uma cultura sobre a criança excepcional e sobre a sua educação e a disseminação dessa cultura por meio da publicação da revista. No que se refere às práticas pedagógicas, na pesquisa inicial (SANTIAGO; RAFANTE, 2019), as conclusões indicaram que a SPERJ compartilhava o mesmo princípio educativo da SPMG: a educação pelo e para o trabalho (RAFANTE, 2007). Nas revistas, são apresentadas temáticas como O jogo Livre como instrumento de diagnóstico infantil (1970), bem como outras que já eram tratadas nos relatórios, mas que ganham uma nova roupagem nessa fonte, como as questões relacionadas à educação sexual (1971), artística e de habilitação e reabilitação vocacional (1975). O enfoque nas classes de treinamento intensivo (1974) também é marcante nesses documentos.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXXVIII Encontro de Iniciação Científica
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