A INFLUÊNCIA DA IMPORTUNAÇÃO SEXUAL DENTRO DE TRANSPORTES PÚBLICOS SOBRE A PERCEPÇÃO DOS NÍVEIS DE ESTRESSE POR ESTUDANTES DE MEDICINA DA UFC
Resumo
Introdução: O estresse pode ser entendido como uma ampla reação fisiológica do organismo a uma situação de perigo, de forma que, quando exacerbada, impacta negativamente na saúde do indivíduo. Assim, buscou-se analisar, do grupo de estudantes de medicina, que já é bastante suscetível ao estresse gerado pela graduação, os efeitos de fatores estressores externos ao ambiente universitário, a exemplo do meio de transporte utilizado pelo aluno. Dentre os variados aspectos referentes ao deslocamento por transportes públicos, o objeto de estudo do presente trabalho foi a ocorrência de casos de importunação sexual dentro dos ônibus e o impacto disso no estresse dos estudantes de medicina que utilizam os coletivos no trajeto casa-universidade. Objetivo: Avaliar a influência da importunação sexual dentro dos ônibus sobre a percepção dos níveis de estresse por estudantes de medicina. Metodologia: Recorte de uma pesquisa qualitativa, de teor descritivo e exploratório, realizada por meio de uma entrevista estruturada com 14 alunos que utilizam ônibus no trajeto casa-universidade, matriculados do 1° ao 6° semestre do curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará, no ano de 2019. Resultados: Observou-se que 6, dos 14 participantes, relataram que já foram vítimas ou testemunhas de casos de importunação sexual dentro de ônibus. A principal circunstância que favoreceria a prática desse crime, segundo os entrevistados, é a superlotação dos coletivos, da qual os agressores se aproveitam para cometer atos libidinosos. Ainda de acordo com as vítimas, constrangimento, medo e repulsa são algumas das sensações geradas por tal violência. Conclusão: A suscetibilidade a sofrer importunação sexual no deslocamento casa-faculdade ao utilizar ônibus é um fator capaz de desencadear ou intensificar os níveis de estresse aos quais os estudantes de medicina da UFC estão sujeitos, visto que a apreensão e o contínuo estado de alerta podem gerar um mal-estar prolongado com múltiplas consequências.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXXVIII Encontro de Iniciação Científica
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