ADAPTAÇÃO DE ALUNOS AO AMBIENTE UNIVERSITÁRIO: ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE COTISTAS E NÃO COTISTAS

Autores

  • Debora Rocha Matos Pinto
  • Paloma Silva Cruz
  • Angerline da Costa Barros
  • Mariá Cirilo da Silva
  • Wagner Bandeira Andriola

Resumo

A partir do Questionário de Vivências Acadêmicas (QVA-R) composto por cinco dimensões (Pessoal e Emocional; Institucional; Interpessoal; Curso ou carreira profissional; Estudo) realizou-se pesquisa com 832 graduandos da Universidade Federal do Ceará (UFC), o que correspondeu a 3,2% dos alunos matriculados. Analisou-se a adaptação dos alunos cotistas e não cotistas ao ambiente universitário e como essas novas vivências modificam a vida desses estudantes. No que tange aos alunos cotistas, a maioria pertence ao gênero masculino (n = 200 ou 52,8%), não exerce atividade laboral (n = 269 ou 71%), estuda em cursos diurnos (n = 301 ou 79,4%) e possui idade média 21,4 (dp = 5,4). Em relação aos alunos não cotistas, a ampla maioria é do gênero feminino (n = 243 ou 53,5%), não exerce atividade laboral (n = 334 ou 73,6%), estuda em cursos diurnos (n = 370 ou 81,5%) e tem idade média 21,6 (dp = 5,7). De acordo com o Teste ANOVA houve diferenças significativas entre alunos cotistas e não cotistas, no que se refere à Dimensão Institucional (F[1, 831] = 4,9; p < 0,05). Nas demais dimensões as diferenças não foram significativas (p > 0,01). Nessa Dimensão, os alunos cotistas obtiveram valor médio 24,4 (dp = 3,5), enquanto os alunos não cotistas obtiveram 23,8 (dp = 3,6). A maior pontuação dos alunos cotistas se deve a uma melhor percepção sobre a qualidade do curso, da IES, das estruturas que apoiam a formação universitária, do interesse em prosseguir no curso e de concluí-lo com êxito. A partir dos resultados percebe-se que alunos cotistas se sentem mais satisfeitos com a formação universitária, se sentem plenamente integrados nos espaços universitários com aumento do rendimento acadêmico, fatores estes que proporciona melhor interação da turma. Os resultados permitem que gestores acadêmicos possam ter diagnósticos precisos e válidos da qualidade do ambiente universitário, compreendendo como este favorece o crescimento e o desenvolvimento dos alunos de graduação.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica