ALIANÇAS JUVENIS FRENTE A DINÂMICAS DA VIOLÊNCIA: VIESES ENTRE COLETIVOS LGBTQAIS+ DE PERIFERIAS

Autores

  • Dagualberto Barboza da Silva
  • Aldemar Ferreira da Costa
  • Camila dos Santos Leonardo
  • Carla Jéssica de Araújo Gomes
  • Glenda Sabino Paiva
  • Joao Paulo Pereira Barros

Resumo

Este trabalho objetiva apresentar desdobramentos da pesquisa “Juventude e violência urbana: cartografia de processos de subjetivação na cidade de Fortaleza”, realizada pelo VIESES (Grupo de Pesquisas e Intervenções sobre Violência, Exclusão Social e Subjetivação), tomando como campo de problematização articulações juvenis entre coletivos LGBTQIAs+ de periferias de Fortaleza. O objetivo geral desta pesquisa foi analisar como articulações entre coletivos LGBTQIAs+ de periferias da cidade têm se constituído como dispositivo de resistência à estigmatização de territorialidades periféricas e de suas juventudes, costumeiramente hipervisibilizadas de forma perversa como “zonas de padecimento e morte” e “sujeitos matáveis”, respectivamente. O procedimento de investigação desta pesquisa se deu através do acompanhamento e composição de reuniões e atos artísticos e políticos que tiveram por intuito a criação de uma rede de coletivos LGBTQIAs+ de periferias de Fortaleza para o fortalecimento de eventos juvenis nas periferias. Notou-se que as articulações entre pessoas LGBTQIAs+ de coletivos das margens urbanas têm acionado, em seus cotidianos de atuação, um devir periférico-bixa, processo que vem se constituindo por meio de forças de invenção de modos de existência destoantes dos modos de vida dominantes, afirmando regimes outros de visibilidade e dizibilidade no que diz respeito a ser periférico(a). Assim, territorialidades periféricas tem ganhado outras narratividades pela potência de resistir e (re)existir a contextos de vulnerabilização da vida por meio de articulações juvenis que tem se movimentado pela cidade em um uso político da arte que tem afirmado determinados modos de vida pela sua potência de invenção de uma cidade menos segregada. Agradecimentos ao CNPq pelo financiamento da pesquisa.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica