ANÁLISE DA PROSÓDIA DE ESTUDANTES DE ANGOLA A PARTIR DE CORPUS DO PROJETO “O PORTUGUÊS FALADO NOS PAÍSES AFRICANOS DE LÍNGUA OFICIAL PORTUGUESA (PALOPS) E NO TIMOR-LESTE”
Resumo
Esta pesquisa analisa a prosódia de alunos angolanos que estudam no Brasil, na cidade de Redenção-CE, e que participaram como informantes do projeto “O Português falado nos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOPs) e no Timor-Leste”, vinculado ao grupo Variação e Processamento da Fala e do Discurso Análises e Aplicações (PROFALA). O corpus utilizado para esta pesquisa é composto por transcrições e dos áudios de entrevistas de oito de estudantes de Angola, quatro do sexo feminino e quatro do masculino, vivendo no Brasil há pelo menos seis meses. Foram utilizadas as respostas do questionário “Questões de Prosódia”, em que são solicitadas aos informantes, durante a entrevista, suas respostas para determinadas situações. A importância deste estudo é decorrente de fatores que envolvem a prosódia, que não são somente linguísticos, mas também levam em consideração aspectos extralinguísticos (como as emoções), garantindo que o falante saiba quando utilizar determinadas estruturas linguísticas. Sendo assim, a pesquisa visa contribuir com o ensino do português como língua estrangeira (LE). É possível inferir que o tempo não é um fator determinante, visto que alguns informantes que estão há mais tempo no país apresentam “deslizes” no domínio da prosódia, o que não quer dizer que não compreendem o cenário comunicativo, pelo contrário, a maioria entende que existem momentos que exigem da fala um maior grau de formalidade. É constatável também a carência de ensino de prosódia (na perspectiva da pragmática) do português como língua estrangeira, visto que os aprendizes estão situados em um outro contexto cultural e precisam conhecer as estruturas que fazem parte da comunicação da LC (Língua de Chegada). Por fim,agradecemos ao CNPq, pelo suporte financeiro, possibilitando a realização desta pesquisa, que traz contribuições para os estudos sobre as variedades da Língua Portuguesa.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXXVIII Encontro de Iniciação Científica
Licença
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