ANÁLISE DO POTENCIAL DE IGEPAL®️ 520 CO E 630 CO COMO DESEMULSIFICANTE.

Resumo

A crescente demanda de diversas indústrias por petróleo exige o constante aprimoramento das técnicas de extração do óleo. Nesse contexto, desemulsificantes desempenham um papel fundamental, por serem uma alternativa viável e eficiente para combater o problema das emulsões de água em petróleo. Esse trabalho visou explorar o potencial de dois tipos de surfactante comercial da linha IGEPAL®️, bem como analisar a influência do tamanho da cadeia na ação do aditivo. Para isso, foram utilizados dois tipos de petróleo (médio e pesado), IGEPAL CO 520 de cadeia curta e IGEPAL CO 630 de cadeia maior possuindo mais carbonos. As emulsões de petróleo pesado foram preparadas com 10,5 ml de petróleo e 4,5 ml de solução aquosa de NaCl 60 g/l e quantidade variável do surfactante testado, sob agitação de 4 minutos a 12000 rpm. Para as emulsões de petróleo médio, a solução salina possui a dobro da concentração e a agitação foi de 2 minutos a 6000 rpm. Cada surfactante foi adicionado nas concentrações de 50, 100, 200 e 500 ppm. Após a preparação, as emulsões foram mantidas a 60 ºC e observadas periodicamente durante duas horas para acompanhar a cinética em termos de volume de água separado. Foi possível constatar que ambos aditivos não separaram as emulsões de petróleo pesado. Já para o petróleo médio, foi possível observar uma maior separação nas concentrações mais baixas e uma separação baixa e elevada em concentrações superiores, mas sem uma lógica definida. O IGEPAL®️ 520 CA foi mais rápido e teve eficiência superior ao 630 CO, sugerindo que a cadeia menor pode ser melhor para a desestabilização de emulsões. Contudo, o baixo desempenho dos surfactantes com emulsões de petróleo pesado e a necessidade de elevadas concentrações para se obter resultados satisfatórios com petróleo médio impossibilita o uso comercial dessas substâncias como desemulsificantes. Agradecimentos ao CNPq pela concessão da bolsa de iniciação científica.