ANÁLISE DOS POLIMORFISMOS DE RECEPTORES TOLL-LIKE TIPO 4 NO DESENVOLVIMENTO DA MUCOSITE INTESTINAL E CANCER COLORRETAL EM PACIENTES TRATADOS COM QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA BASEADA EM IRINOTECANO.

Autores

  • Alessandro Maia Bandeira
  • Deysi Viviana Tenazoa Wong
  • Jorge Fernando Bessa Pereira
  • Aurilene Gomes Cajado
  • Paulo Roberto Carvalho de Almeida
  • Roberto Cesar Pereira Lima Junior

Resumo

INTRODUÇÃO: O Câncer de Colorretal (CCR) é o terceiro lugar em incidência anual e também em mortalidade. A quimioterapia com Irinotecano é um dos principais tratamentos para o CCR. No entanto, essa droga é capaz de causar mucosite que afeta 20-40% dos pacientes em quimioterapia. O quadro clínico cursa com uma intensa diarreia que afeta a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo ou interrompendo o tratamento oncológico devido a toxicidade. A fisiopatologia da mucosite induzida por Irinotecano não está totalmente esclarecida, requerendo a investigação de mecanismos possam facilitar o surgimento de novas terapêuticas. Embora estudos anteriores indiquem que o Receptor Toll Like 4 (TLR4) esteja envolvido na homeostase intestinal, seu papel nessa mucosite precisa ser mais bem compreendido. OBJETIVOS: Avaliar o papel dos polimorfismos do TLR4 na patogênese da mucosite intestinal induzida pelo tratamento com Irinotecano em pacientes com CCR. MÉTODOS: Foi realizado um estudo dos polimorfismos de nucleotídeo único Asp299Gly (rs 4986790) ou Thr399Ile (rs 4986791) do TLR4 em 21 pacientes com CCR que faziam tratamento quimioterápico a base de irinotecano. Voluntários sem câncer (total de 70) também foram incluídos no estudo. Os dados obtidos foram analisados por ANOVA/teste de Bonferroni ou Kruskal Wallis/teste de Dunn, sendo um P<0,05 aceito. Para genotipagem, as análises foram feitas através do Equilíbrio de Hardy-Weiberg (p>0,05) e regressão logística (p<0,05). RESULTADOS: A análise do polimorfismo para Asp299Gly do TLR4 indicou que a forma homozigótica selvagem A/A associou-se (p=0,011) com uma diminuição do risco de desenvolvimento do CCR. No entanto, não foi observada nenhuma correlação significativa (p>0,05) entre a presença dos polimorfismos e a toxicidade clínica apresentada pelos pacientes. CONCLUSÃO: O receptor TLR4 quando homozigoto selvagem A/A está relacionado a uma redução do risco de desenvolvimento do CCR.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica