ANÁLISE DOS SEIOS PARANASAIS APÓS OSTEOTOMIA MAXILAR TIPO LE FORT I

Autores

  • Luan Vitor Abreu Braz
  • Barbara Betty de Lima
  • Nayana Oliveira Azevedo
  • Abrahao Cavalcante Gomes de Souza Carvalho
  • Rafael Lima Verde Osterne
  • Renato Luiz Maia Nogueira

Resumo

A ostetomia Le Fort I é uma das etapas envolvidas na cirurgia ortognática, possuindo relação com os seios maxilares e a fossa nasal, assim estudos que avaliam a correlação dos aspectos imaginológicos vêm a acrescentar sobre a real influência dessa cirurgia sobre a condição dos seios paranasais e nas alterações anatômicas dessa região. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar alterações dos seios paranasais e sintomatologia de rinossinusites em pacientes submetidos a cirurgias ortognáticas com utilização da osteotomia Le Fort I por meio de aspectos tomográficos e clínicos. A metodologia consistiu na utilização de tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC) para avaliação do volume aéreo do seio maxilar, detecção e diagnóstico de defeitos anatômicos, induzidos ou não pela cirurgia ortognática e classificação dos seios paranasais de acordo com a escala de Lund-Mackay em três tempos: pré-operatório (T0), pós-operatório de até 30 dias (T1) e pós-operatório de no mínimo 5 meses até 01 ano (T2). Ademais, foi utilizado o questionário Sino-Nasal Outcome 20-item Test (SNOT-20) para avaliação da sintomatologia de rinossinusite nos mesmos tempos. A análise estatística foi por meio da análise de variância (ANOVA) e teste t de Student para amostras não pareadas. Como resultado, destaca-se que a diminuição do volume aéreo dos seios paranasais e aumento dos valores na escala de Lund-Mackay estão presentes de modo significativo apenas em T1 em relação aos outros dois tempos com p<0,001 em ambas as situações. Ademais, os valores do SNOT-20 diminuem significativamente se comparado T2 com T1 e T0 com p=0,0034. Ainda, apesar da indução de alterações morfológicas consideráveis em T2, estas não podem ser correlacionadas com os resultados obtidos nas outras variáveis. Concluindo-se que a cirurgia não apresenta um risco para o aumento de sintomatologia de rinossinusites ou de aspectos tomográficos destas nos seios paranasais após o acompanhamento de mais de 5 meses.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica