ANÁLISE IN SILICO DE PROTEÍNAS DO PLASMA SEMINAL DE COELHOS CRIADOS EM CLIMA TROPICAL
Resumo
O objetivo desse estudo foi analisar os resultados de identificação de proteínas realizado em sêmen de coelhos, em situação de ausência de estresse e estresse térmico severo, por meio de espectrometria de massa, utilizando ferramentas computacionais que indiquem a funcionalidade e a interação entre as proteínas identificadas. Vinte coelhos Nova Zelândia Branca, do Setor de Cunicultura do Departamento de Zootecnia/UFC, tiveram seus ejaculados coletados duas vezes por semana, durante um ano. Um pool de sêmen foi obtido para meses com stress térmico e outro para meses sem stress térmico, de acordo com o ITU (índice de temperatura e umidade). As amostras foram submetidas à estratégia de shotgun, em análise por cromatografia liquida diretamente acoplada ao espectrômetro de massas e a identificação das proteínas foi obtida pela análise computacional. Os termos de ontologia gênica para processos biológicos e funções moleculares foi analisado por meio do banco de dados UniProtKB. A rede de interação proteína-proteína foi analisada com o banco de dados STRING (9.0), que consiste na identificação e predição das interações obtidas de associações entre as moléculas. 28 proteínas foram identificadas e 4 apresentaram expressão diferenciada (Superoxido Dismutase, Fosfoglicerase Mutase 2, Subunidade Zeta da Hemoglobina e Actina, tipo beta2) apresentando menor expressão em estresse severo. A maior parte das proteínas identificadas está envolvida em processos biológicos de regulação (11,27%) e em processos celulares (10,24%), compondo, na sua grande maioria, o meio extracelular (15,30%) e participando de funções de ligação (13,46%), atividades catalíticas (9,32%) e antioxidante (1,4%). A viabilidade da célula espermática comprometida pela ação reduzida de substâncias anti-oxidantes, aliada a uma menor produção de ATP, que pode ter efeitos negativos sobre a motilidade espermática, podem causar impactos na qualidade do sêmen e prejudicar a fertilidade de machos cunícolas.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXXVIII Encontro de Iniciação Científica
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