ANÁLISE TEMPORAL DA REGENERAÇÃO DO MANGUEZAL DO PARQUE ESTADUAL DO COCÓ E DESAFIOS ATUAIS PARA A SUA CONSERVAÇÃO

Autores

  • Brenda Oliveira Rocha
  • Ligia Queiroz Matias

Resumo

Diante das grandes interferências antrópicas que as áreas verdes do município de Fortaleza sofrem continuamente, o Parque Estadual do Cocó pode ser considerado um ambiente emblemático pois demonstra o quanto o ecossistema de manguezal possui alta capacidade de regeneração quando protegido. Este trabalho teve como objetivo a análise temporal da vegetação do Parque Estadual do Cocó, desde as grande intervenções ocasionadas pelas salinas na década de 70, de modo a propor medidas de manejo para a área de uso intensivo do Parque. Para isto, nós utilizamos ortofotos e imagens do Google Earth como ferramentas de pesquisa e observamos a vegetação atual de maneira qualitativa. Nós constatamos que as trilhas e antigos diques das salinas, interceptam a vegetação e provavelmente dificulta o fluxo hídrico desde o rio até a borda da formação de manguezal. Além disto, a grande quantidade de espécies exóticas no local interfere nesse processo de regeneração do manguezal pois estão ocupando espacialmente seu ambiente físico. É de vital importância para a manutenção do ecossistema que os impactos supracitados fossem amenizados. Para isto, sugerimos a adoção de um plano de manejo com as espécies exóticas invasoras e a implementação de uma possível trilha suspensa, na qual possibilitaria a regeneração contínua do manguezal, mantendo o fluxo hídrico, além da manutenção do contato da população com a fauna e flora do Parque.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica