ARIPIPRAZOL NO MODELO DE DEPRESSÃO INDUZIDA POR CORTICOSTERONA: IMPLICAÇÃO NA COGNIÇÃO E NOS NÍVEIS DE BDNF.

Autores

  • Andrea Tertuliano da Silva
  • Morgana Carla Souza Torres
  • Ingridy da Silva Medeiros
  • Raimunda das Candeias
  • Silvânia Maria Mendes Vasconcelos
  • Silvania Maria Mendes Vasconcelos Patrocinio

Resumo

A depressão é uma doença que provoca tristeza e/ou perda de interesse em atividades antes apreciadas, bem como comprometimento da função cognitiva, que tem sido associado a uma menor resposta ao tratamento. Nesse sentido, medidas como a adição do aripiprazol ao esquema terapêutico têm sido utilizadas a fim de melhorar a resposta ao tratamento, mas acarretam um risco de efeitos colaterais devido à polifarmácia. Assim, objetivou-se estudar os efeitos do aripiprazol em monoterapia sobre a cognição e os níveis de fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) em animais submetidos ao modelo de depressão induzida por corticosterona. Foram utilizados camundongos Swiss fêmeas, os quais receberam tween 0,03% (V) ou corticosterona (CORT) 20mg/kg por via subcutânea durante os 14 primeiros dias do protocolo e, em adição, água (V), Desvenlafaxina (DVS) 20mg/kg ou Aripiprazol (ARI) 0.5 e 1 mg/kg por via oral do 15º ao 21º dia. No 21º dia, o teste do labirinto em Y foi realizado para avaliação da memória e, em seguida, os animais foram eutanasiados para a coleta do hipocampo, área na qual os níveis de BDNF foram dosados. Os dados foram comparados por análise de variância de duas vias seguido pelo teste de Tukey para comparações múltiplas no software GraphPad Prism 6. Os fatores utilizados foram “modelo de corticosterona” e “tratamento”, e o nível de significância estabelecido foi p<0,05. Nenhum dos fármacos utilizados reverteu o prejuízo cognitivo induzido pelo modelo no teste do labirinto em Y. Em relação aos níveis de BDNF, o grupo CORT+V apresentou redução dos níveis de BDNF, a qual foi revertida apenas pela administração de ARI 1. Em conjunto, esses resultados evidenciam que o papel da neurogênese na fisiopatologia da depressão ainda é controverso, além de reforçarem o caráter multifatorial da depressão e a necessidade de mais estudos sobre sua fisiopatologia. Agrademos o apoio financeiro concedido pelo CNPq.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica