ATIVIDADE CELULOLÍTICA DE CEPAS DE ACTINOBACTÉRIAS ISOLADAS DO SOLO DE REGIÃO SEMIÁRIDA BRASILEIRA.

Autores

  • Igor Ferreira da Rocha
  • Fernando Gouveia Cavalcante
  • Mayara Gama da Cunha
  • Claudia Miranda Martins
  • Suzana Claudia Silveira Martins

Resumo

O solo constitui um ecossistema complexo no qual habitam vários microrganismos. Dentre eles, existe um filo de bactérias gram-positivas denominadas actinobactérias que estão envolvidas em ciclos biogeoquímicos como o ciclo do carbono, elemento essencial para os organismos. Os processos biológicos dependem da ação de diferentes enzimas, que são catalisadores de reações, ou seja, aceleram tais processos. Desse modo a produção de enzimas, como a celulase, pelas actinobactérias, desempenha um papel ecológico que é a ciclagem de nutrientes no solo transformando substratos complexos em nutrientes disponíveis para outros organismos. O objetivo desse trabalho foi estudar a produção de enzimas extracelulares celulolíticas por cepas de actinobactérias isoladas de solo do semiárido. Foram utilizadas 45 cepas de actinobactérias isoladas de solos das Unidades de Conservação e zonas de entorno dos municípios de Aiuaba, Sete Cidades e Ubajara. A atividade celulolítica foi avaliada pela inoculação das cepas em placas de Petri contendo meio de cultivo suplementado com carboximetilcelulose. A produção da enzima foi evidenciada pela formação de um halo de hidrólise ao redor das colônias. O Índice Enzimático (IE) foi determinado pela relação entre o diâmetro do halo com o diâmetro da colônia. Foram consideradas potenciais produtoras da enzima as cepas com IE igual ou maior que dois. Dentre as cepas avaliadas, 32 (60%) apresentaram atividade celulolítica, o que revela a importância dessas bactérias para a degradação da celulose no solo. Dentre as 32 cepas que produziram a enzima, 20 (62,5%) obtiveram IE igual ou superior a dois qualificando-as como potenciais produtoras da enzima com destaque para a cepa PES43 que apresentou IE igual a 5,59. Conclui-se que as actinobactérias do solo do semiárido apresentam potencial para atividade celulolítica.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica