AVALIAÇÃO COMPORTAMENTAL E ALTERAÇÕES OXIDATIVAS EM ÁREAS CEREBRAIS DE RATOS SUBMETIDOS À SEPARAÇÃO MATERNA

Autores

  • Levi Salvador dos Santos Candido
  • Larissa Xavier do Nascimento
  • Nayana Soares Gomes
  • Danielle Macêdo Gaspar
  • Wesley Lyeverton Correia Ribeiro

Resumo

Eventos de adversidade na vida precoce podem desencadear vários transtornos mentais, dentre eles o transtorno depressivo. Ademais, a separação materna (SM) tem sido relacionada ao desenvolvimento de depressão na idade adulta. Assim, o presente estudo teve como objetivo verificar alterações oxidativas em áreas cerebrais de ratos submetidos à SM. Este trabalho foi previamente aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animal da Universidade Federal do Ceará com número de protocolo N° 84/2017. Ratos Wistar machos foram submetidos à SM (n=10) ou deixados com suas mães (controle negativo; n=10) entre os dias 1 e 15 pós-natal (PN) por 180 min/dia. Na idade adulta (75º dia PN), os animais foram submetidos aos testes comportamentais de nado forçado e Y maze. Em seguida, foram sacrificados, dissecados e áreas cerebrais foram coletadas, sendo essas o córtex pré-frontal (CPF), hipocampo (HP) e corpo estriado (CE). Foram realizados os testes de níveis de GSH e de atividade da mieloperoxidase (MPO) das áreas cerebrais. Os resultados mostraram que o grupo de animais submetidos à SM não apresentou nenhuma alteração significante no tempo de imobilidade no nado forçado e nenhuma alteração na memória de trabalho quando comparado ao grupo controle. Na análise dos parâmetros neuroquímicos, observou-se que os animais submetidos à SM apresentaram redução do GSH nas três áreas cerebrais CPF([F(7,7) = 10,48; p = 0,0061]), HP ([F(6,7) = 7,064; p = 0,0210]) e CE ([F(7,7) = 981,1; p = 0,0001]). Verificou-se também que não houve alterações significativas na atividade de MPO no CPF e CE, porém verificou-se aumento a nível de HP ([F(7,6) = 7,474; p = 0,0258]). Em conclusão, não foram observadas alterações comportamentais em ratos submetidos à SM, porém essa condição pode levar a alterações neuroquímicas.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica