AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA INTEGRADA A ANÁLISE QUÍMICA DO EXTRATO ACETÔNICO DO MELÃO-DE-SÃO-CAETANO DO NORDESTE POR UPLC-QTOF-ESI-MS.
Resumo
Introdução: A Momordica charanthia, ou melão-de-são-caetano, cresce comumente no Nordeste brasileiro e é utilizado por toda a população nativa no tratamento de aftas e diversas afecções da pele como abcessos, furúnculos, pediculoses, prurido e queimaduras. Essa planta medicinal é comunmente encontrada em preparações cazeiras como em compressas, emplastos e soluções de lavagem. Objetivo: Com isso se viu a necessidade de se realizar um estudo aprimorado sobre suas propriedades farmacológicas e químicas. Metodologia: Com informações encontradas em literatura, foi realizado a caracterização química do extrato acetônico por uma microdiluição em caldo de cultura de algumas cepas e depois a ação antimicrobiana foi avaliada usando UPLC-QToF-ESI-MS. Resultados: Após os ensaios, observou-se a presença de 49 metabolitos triterpenoiodes cucurbitanos livre e glicosilados, sendo 15 destes não identificados no extrato hidroalcoólico, mostrando uma eficiência antimicrobiana sobre as cepas Straphylococcus aureus (ATCC 14458/CCBH 5330) e Straphylococcus epidermidis (ATCC 35984) além disso houve a inibição do crescimento de C.albicans (ATCC 10231) com CIM 0,25/0,125/1,0/2,0 e CLM -/2,0/-/2,0 respectivamente. Foi observado no extrato acetônico presença de 8 tipos de glicosídeos únicos e maior quantidade de kuguacin J, possíveis responsáveis pelo maior efeito bacteriano quando comparado com outros extratos. Segundo Aligiannis et al. (2001), valores de CIM < 5mg/mL são considerados inibidores potentes, desta forma o extrato acetônico é um forte inibidor sobre as cepas de S.aureus, moderado sobre S. epidermidis é fraco sobre C. albicans. Após a análise de UPLC e dos constituintes do melão-de-são-caetano observou-se uma relação quimotaxonômica entre a variedade microcarpa (nordeste) e a variedade macrocarpa (asiática). Conclusão: Conclui-se a existência de uma potencial eficiência da planta medicinal em questão no combate de infecções cultâneas.Publicado
2019-01-01
Edição
Seção
XXXVIII Encontro de Iniciação Científica
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