AVALIAÇÃO DA BIOCOMPATIBILIDADE IN VITRO DE UM BIOMEMBRANA DE ÁLCOOL POLIVINÍLICO (PVA) CONTENDO PROTEÍNAS ISOLADAS DO LÁTEX DE CALOTROPIS PROCERA SOBRE FIBROBLASTOS MURINOS

Autores

  • Carolina Esmeraldo Alves de Oliveira
  • Marília de Oliveira Nunes
  • Anderson Dantas Costa
  • Nylane Maria Nunes de Alencar
  • Marcio Viana Ramos

Resumo

O látex de Calotropis procera é um produto químico complexo, constituído de diversas proteínas com atividade farmacológica e sendo amplamente utilizado na medicina popular sobre enfermidades. A biomembrana BioMem CpLP é um material biotecnológico composto pela fração proteica obtida do látex dessa espécie (CpLP), que tem demonstrado potencial cicatrizante por modular a fase inflamatória desse processo, induzindo a liberação de citocinas pró-inflamatórias, o que promove uma notável melhora das etapas subsequentes da cicatrização. Os fibroblastos são células fundamentais na fase proliferativa, que, por meio de estímulos, migram e proliferam para promover a contração da lesão, produção de matriz, deposição de colágeno e, por fim, a formação de um novo tecido. Este trabalho objetivou investigar os efeitos das proteínas do látex de C. procera e da biomembrana BioMem CpLP sobre fibroblastos murinos L929, avaliando sua biocompatibilidade e eficácia in vitro. Primeiramente, para estudar a citotoxicidade de CpLP em diferentes concentrações (0,39 - 12,50 μg/mL), realizaram-se ensaios de viabilidade celular por meio dos métodos de MTT e SRB. Posteriormente, CpLP foi utilizada no preparo das biomembranas à base de PVA (BioMem CpLP 0,1% e 0,2%), que foram incubadas com os fibroblastos L929 para avaliar sua capacidade de adesão celular durante intervalos de tempo de cultivo diferentes. Os estudos in vitro mostraram que a fração CpLP apresenta baixa citotoxicidade na linhagem de fibroblastos analisada, sendo segura em doses menores que 12,5 μg/mL. A biomembrana induziu a proliferação dos fibroblastos sobre sua superfície, promovendo a adesão e manutenção de sua morfologia celular. Os resultados obtidos sugerem que a biomembrana é biocompatível com fibroblastos murinos, evidenciando sua baixa toxicidade in vitro, o que fornece subsídio para o desenvolvimento de estudos que avaliem esta opção terapêutica eficaz e de baixo custo como possível tratamento na cicatrização de feridas.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica