AVALIAÇÃO DE REVESTIMENTO COMESTÍVEL ANTIOXIDANTE SOBRE O AMADURECIMENTO DE GOIABAS

Autores

  • Maria Irisdara Almeida Gomes
  • Lorena Maria Freire Sampaio
  • Claudilane Martins Pontes
  • Luciana de Siqueira Oliveira

Resumo

Os revestimentos comestíveis são tecnologias alternativas para prolongar a qualidade pós-colheita de frutos tropicais, os quais possuem alta taxa respiratória, como a goiaba, atingindo diretamente sua comercialização. Desta forma, este trabalho objetivou avaliar os efeitos de revestimento comestível antioxidante na manutenção da qualidade pós-colheita de goiabas cv. Paluma durante armazenamento em condição de comercialização. O revestimento consistiu em uma blenda de xiloglucano obtido a partir da semente de tamarindo e óleo de gergelim, a qual foi enriquecida com extrato antioxidante do subproduto do processamento do pedúnculo do caju. O revestimento foi aplicado aos frutos de goiabeira cv. Paluma (fruto fisiologicamente maturo) por imersão e, após secagem (24 h), os frutos foram acondicionados a temperatura ambiente (25ºC) por 14 dias de armazenamento, sendo analisados nos dias 0, 4, 7, 11 e 14 quanto às variáveis físicas (perda de massa, firmeza) e integridade física do tecido (enzimas hidrolíticas de parede - PG e PME, e peroxidação lipídica), além dos compostos antioxidantes (ácido ascórbico e polifenóis totais) e atividade antioxidante total (AAT). A aplicação dos revestimentos (com - RXE e sem adição do extrato antioxidante - RX) garantiu a manutenção da qualidade pós-colheita das goiabas durante armazenamento, destacando RXE que reduziu a degradação da parede celular do mesocarpo dos frutos e mostrou menores níveis de peroxidação lipídica, consequentemente mantendo a firmeza. Além disso, RXE promoveu melhor capacidade antioxidante quando comparado aos outros grupos de goiabas analisadas. Podemos concluir que o revestimento antioxidante contribuiu para a manutenção da qualidade das goiabas melhorando o sistema antioxidante de defesa do fruto, o que retardou os processos oxidativos do amadurecimento. Agradecemos a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP) pelo fomento à pesquisa.

Publicado

2019-01-01

Edição

Seção

XXXVIII Encontro de Iniciação Científica