AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE ESTRESSE E ADESÃO AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO EM PACIENTES COM DIABETES TIPO 2 EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA - CE

Resumo

Diabetes Mellitus é uma doença de grande importância clínica e epidemiológica no Brasil. A presença de estresse associado à doença é um ponto crucial na adesão ao tratamento farmacológico. Assim, objetivou-se descrever o perfil sociodemográfico e clínico da população em estudo, verificando o nível de estresse emocional em pessoas com diabetes através do questionário DDS adaptado e validado para cultura brasileira, e caracterizar a população quanto a adesão ao tratamento com antidiabéticos orais (ADO) e insulinas através do questionário MAT. Trata-se de uma pesquisa longitudinal do tipo antes e depois, não randomizada e de acompanhamento em pessoas portadoras de diabetes que faziam uso da terapia medicamentosa. Esta foi realizada na Unidade de Cuidados Farmacêuticos de uma Unidade de Atenção Primária à Saúde no Município de Fortaleza –CE. Realizou-se a captação de 159 pacientes diabéticos, nos quais 21 pessoas desse grupo, que apresentavam elevado estresse e/ou baixa adesão a terapia farmacológica no tratamento da diabetes, aceitaram participar de uma série de quatro atendimentos, onde foram realizados serviços farmacêuticos. Houve prevalência do sexo feminino (62%), casados (52,4%), nascidos em Fortaleza (47,6%), 1o grau incompleto (38,0%) e com média de idade de 60 ± 13. Na avaliação do estresse associado ao diabetes e a adesão a terapia farmacológica com ADO, houve mudança significativa entre o momento inicial e final, onde, respectivamente, 75% daqueles que apresentavam nível de atenção, passaram para o nível normal, e 100% daqueles que não eram aderentes aos ADO no início do estudo, obtiveram adesão ao final. Na adesão a terapia com insulinas não houve mudança significativa, apesar de ter ocorrido uma melhora desse parâmetro. Os resultados demonstraram que houve benefício para o paciente, tendo ocorrido redução do estresse e aumento da adesão à terapia, o que culmina na melhora do quadro clínico do paciente, comprovando a importância da assistência farmacêutica.